O clima pesou no Orlando Scarpelli no último domingo. O Avaí derrotava o Figueirense por 2 a 0 quando o volante Bruno Silva provocou a torcida adversária na saída de campo. O gesto não foi bem aceito pela massa do Figueira e dois torcedores invadiram o gramado para caçar o rival.
Um dos invasores correu em direção ao banco de reservas do Leão, mas foi contido pelo goleiro Glédson. O jogo ficou 21 minutos parado e durante o período muita confusão ocorreu nas dependências do estádio.
Após a primeira invasão, outros torcedores do Figueirense tentaram entrar em campo, mas foram contidos.
Depois do fato lamentável, a diretoria do Figueira resolveu se manifestar através de nota e deixou clara a sua insatisfação com os atos da própria torcida e do jogador rival.
Veja a nota:
O Figueirense Futebol Clube vem a público repudiar com veemência os atos de violência e vandalismo praticados por alguns torcedores – uma minoria, que de forma alguma representam a enorme e apaixonada torcida alvinegra -, no clássico deste domingo (02), contra o Avaí, no Estádio Orlando Scarpelli.
As confusões causadas por esses indivíduos, além de gerar um grande prejuízo ao clube, já que houve depredação do nosso próprio patrimônio, podem causar punições ao time no decorrer do Campeonato Catarinense, como perda do mando de campo e multas.
O Figueirense Futebol Clube trabalha para identificar os infratores – tanto os que causaram prejuízos ao patrimônio do clube quanto os que praticaram atos de violência -, e vai colaborar com as autoridades para quaisquer investigações que se façam necessárias. O clube também vai exigir daqueles que depredaram o estádio que custeie os reparos e prejuízos.
Por fim, o Figueirense também repudia as atitudes do atleta do Avaí, Bruno Silva, totalmente antidesportivas, ao provocar de forma hostil os torcedores alvinegros e, durante a confusão, agredir, de forma covarde, o torcedor do Furacão, que já estava imobilizado e não apresentava mais nenhum risco. A invasão praticada pelo torcedor de maneira alguma se justifica, porém é descabido que um atleta profissional de futebol desfira um golpe covarde em um torcedor que se encontra no chão e desprotegido. A reação desproporcional do jogador avaiano certamente colaborou para que a confusão tomasse proporções ainda maiores.
O Figueirense pede às autoridades que tomem as devidas providências, principalmente no âmbito esportivo, já que atitudes como essa em nada acrescentam ao espetáculo que é o futebol, especialmente em um clássico do tamanho de Figueirense e Avaí.