Jorge Jesus é o nome mais reverenciado pela torcida do Flamengo, que aguarda ansiosa pela permanência do treinador após o contrato - firmado até meados de 2020. E, nesta sexta-feira, uma entrevista do técnico ao jornal português Record chamou a atenção pelo fato de uma possível oportunidade em um grande clube europeu ter sido abordada.
— Eu sempre soube que tinha essa capacidade, mas era preciso justificar isso com títulos. E o Flamengo me abre as portas a um grande europeu, e se eu tivesse continuado na Arábia Saudita ou no Sporting, não teria isso. Portanto, vamos ver o que acontecerá, pois podem abrir-se muitas portas.
Jesus também falou sobre quem seriam os jogadores do Flamengo que levaria no caso de retorno ao Velho Continente. Não deu rodeios: os recrutados seriam Gabigol, Bruno Henrique e Arrascaeta, que somam 89 gols em 2019.
— Teria de ser o Gabigol e o Bruno (Henrique), como é óbvio. E depois tenho um jogador que pensa muito à frente dos outros e que me faz lembrar o Nico Gaitán (do Chicago Fire-EUA e comando por Jesus no Benfica), que é o Arrascaeta. Portanto, o Flamengo tem jogadores com uma dimensão acima do que é normal — afirmou.
MUNDIAL DE CLUBES
Jorge Jesus também projetou o Mundial de Clubes, onde o Flamengo estreará no dia 17 de dezembro, contra Al-Hilal (SAU) ou Espérance (TUN). Se passar, o time do português encara o vencedor de Liverpool (ING) x Monterrey, do México, ou Al Sadd, do Qatar, ou Hienghène, da Nova Caledônia, no dia 21.
— Não tem nada a ver uma coisa com a outra. Esta terceira competição; em termos de objetivo, é o mais difícil de alcançar. Porque vamos apanhar o Al Hilal ou o Espérance, mas, para mim, o grande favorito é o Liverpool e, depois, são o Al-Hilal e o Flamengo. Os ingleses um pouco à parte, porque devem chegar à final e depois vai disputá-la conosco ou com o Al-Hilal, disso não tenho dúvida nenhuma - disse o Mister, completando sobre o mais provável adversário das semifinais, o Al-Hilal, comandado por Jesus em 2018/19:
— É um pouco Jesus contra Jesus. Até porque senti isso um pouco quando estava no Sporting frente ao Benfica. Tinha construído um mostro, em termos de qualidade, e estava a tentar derrubá-lo, mas isso não foi fácil. Em relação ao Al Hilal, é um pouco assim. Porque o Al Hilal foi uma equipa que eu montei, é um trabalho meu. Portanto, vamos ver como vai ser a meia-final. Claro que o Al Hilal ainda tem de garantir a passagem às meias-finais, mas acredito que isso vai acontecer. Vai ser um desafio difícil.
PRÓXIMO COMPROMISSO
Campeã brasileira, da Libertadores e vivendo a expectativa do Mundial, a equipe de Jorge Jesus volta a campo neste domingo, pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro, quando visita o Palmeiras, no Allianz Parque.