As declarações fortes de Ricardo Lomba deram início ao processo de mudança no departamento de futebol do Flamengo, mas, desde o episódio, a diretoria adotou o silêncio para trabalhar nos bastidores e definir os substitutos dos seis profissionais que foram demitidos após a eliminação no Campeonato Carioca.
Contando o dia do clássico no Maracanã, a derrota para o Botafogo completa 10 dias nesta sexta. Desde então, só duas coletivas. A primeira foi na segunda-feira, na apresentação de Carlos Noval como diretor de futebol. O presidente Eduardo Bandeira de Mello e Ricardo Lomba, VP de futebol, também falaram.
Dois dias depois, novamente no Ninho do Urubu, foi a vez de Juan conversar com a imprensa. Líder do elenco, o camisa 4 falou sobre as mudanças no clube e garantiu: não há crise na relação entre jogadores e diretoria, afirmando que as críticas de Ricardo Lomba foram esclarecidas em reunião pedida pelo VP.
O silêncio não significa que o clube está parado na busca por um novo técnico. A diretoria se movimenta nos bastidores e, na Gávea, chegou-se ao consenso que o nome de Renato Gaúcho é o ideal neste momento. O prazo dado por Carlos Noval para a chegada do treinador em sua apresentação - "até o fim de semana" - terá que ser estendido. O Fla aguarda a resposta do ex-atacante e atual comandante do Grêmio para após a final do Gauchão, domingo, às 16h.
A estratégia adotada pela direção se estende ao campo. Poucos minutos dos treinos comandados Maurício Barbieri, único auxiliar técnico remanescente, puderam ser observados desde o dia 29 de março. O último, de quinta, foi o primeiro a indicar a equipe que deve entrar em campo no amistoso contra o Atlético-GO. A base utilizada por Carpegiani em 2018 será mantida.
Além de Carlos Noval, que substitui Rodrigo Caetano na função executiva, o Flamengo também já conta com o novo preparador físico. Se trata de Diogo Linhares, que pediu demissão do Sport e ocupa a vaga de Marcelo Martorelli. O profissional vai para sua terceira passagem pelo Ninho do Urubu.