ANÁLISE: Flamengo é obediente, tem jogo sólido e faz por merecer esperança em ‘arrancada final’ no Brasileirão

Time tem comprometimento tático, faz melhor atuação sob comando de Tite e pode protagonizar nova trajetória histórica

imagem cameraFlamengo tem bela apresentação contra o Palmeiras e volta à briga pelo Brasileirão (Foto: Alexandre Durao/Zimel Press/Gazeta Press)
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Paula Mattos
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 09/11/2023
06:00
Atualizado em 09/11/2023
09:41
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Obediência: esta é a palavra que descreve o Flamengo que aplicou um sonoro 3 a 0 sobre o Palmeiras, em jogo válido pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. O comprometimento tático da equipe para seguir perfeitamente as instruções de seu treinador e colocar o adversário no bolso fez o Rubro-Negro voltar à briga pelo título do Brasileirão.

+ Flamengo atropela o Palmeiras e volta à briga pelo título do Brasileirão

O jogo contra o Palmeiras ficou marcado por nuances, mas em todas elas o Flamengo manteve a obediência. Foi consistente, fez um jogo sólido e forte. Não à toa, superou o Alviverde com facilidade e com a propriedade de um verdadeiro "dono da casa", afinal, era o mandante do duelo. E foi um belíssimo anfitrião.

Seguro na defesa, eficiente no ataque. Este foi o Flamengo. A dupla Fabrício Bruno e Léo Pereira mostrou porque a escolha da zaga não é pauta. E Erick Pulgar desfilou categoria e se manteve como o pulmão da equipe, sustentando lá atrás e apoiando lá na frente.

Pedro, que viveu uma temporada muito aquém do esperado, voltou a ser confiante e, de quebra, a fazer o que melhor sabe: gols. Contra o Palmeiras foram dois, mas a atuação do camisa 9 foi muito além das bolas na rede. O atacante fez pivô, recompôs, pressionou a marcação e ainda deu assistência. Foi ativo como a torcida gostaria de ver.

Ainda no ataque, vimos o retorno de Everton Cebolinha. O jogador, que ainda não havia se encontrado no Flamengo, parece ter visto em Tite uma força para continuar. E que bom que continuou. Contra o Palmeiras, foi o atleta que o explodiu para o mundo. Praticou futebol do jeito que sabe: leve, mas, como todo o coletivo, obediente. Comprometido, fez sua melhor atuação com a camisa rubro-negra.

É difícil enumerar destaques em um jogo onde todo o coletivo funciona de maneira quase perfeita, mas apresentações diferentes sempre terão o seu brilho. E as individualidades foram determinantes para a engrenagem funcionar, mantendo esperança na possíel briga por título em meio a um discurso oficial de pés no chão e a um cenário de empolgação da torcida.

A pergunta que não quer calar é: AINDA DÁ? Como dizem os rubro-negros: "Deixou chegar....".

Bom, se o Fla vai terminar a temporada cumprindo seu objetivo de garantir a vaga direta para a Libertadores, não sabemos. Se vai firme na luta pelo troféu, também não. O título é tarefa é fácil? De forma alguma. Mas, há esperança. E, além dela, há também um famosíssimo ditado que afirma: "Se não for sofrido, não é Flamengo".

Até o último capítulo da novela, veremos sofrimento, ansiedade e esperança. Mas se o título não é uma certeza, um ponto muito importante é: o Flamengo, nesta quarta-feira (8), mereceu sonhar com a arrancada histórica rumo ao eneacampeonato.

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