O Flamengo saiu do Maracanã frustrado com o empate em 0 a 0 com o Fluminense, pelo primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil. O Rubro-Negro produziu mais que o Tricolor, que não conseguiu impor o seu estilo de toque de bola e pressão ofensiva. De quebra, o time de Sampaoli ainda ficou com um jogador a mais desde os 7 minutos do segundo tempo, depois da expulsão de Felipe Melo, aumentando ainda mais a frustração. No entanto, como o próprio treinador disse na coletiva, o clássico pode ser um "ponto de partida para o crescimento".
De fato, o Flamengo teve uma atuação sólida e de imposição que há tempo não se via. Desde o apito inicial, o Rubro-Negro pressionou o Fluminense, mostrando muita intensidade e competitividade. Marcou alto, no campo de ataque, sufocando a saída de bola do Tricolor. Quando havia quebra na linha de marcação por parte do adversário, o Rubro-Negro não teve pudor em matar a jogada com falta, evitando assim o contra-ataque. Foram 22 contra apenas cinco do adversário. Em finalizações, a diferença também foi grande, 20 contra 8.
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Além do funcionamento coletivo no encaixe da marcação, o Flamengo apresentou volume ofensivo, principalmemente no primeiro tempo. Gerson funcionou como um meia, flutuando pelo lado esquerdo. O jogador estava fora de combate desde o dia 30 de abril, quando sofreu uma lesão na coxa esquerda no aquecimento do clássico com o Botafogo. Apesar da inatividade, teve fôlego e aguentou o jogo inteiro. Erick Pulgar é outro que merece destaque. Marcou e criou com a mesma intensidade, uma grata surpresa deste curto trabalho de Sampaoli.
Na segunda etapa, com o Fluminense entricheirado após a expulsão de Felipe Melo, o Flamengo encontrou dificuldades para entrar na área. Quando conseguiu, Arrascaeta cabeceou para fora, e quando acertou o gol com Ayrton Lucas e Matheus França, Fábio esteve lá para fazer grandes defesas e salvar o Fluminense. Apesar das chances, faltou ao Rubro-Negro mais organização ofensiva, como infiltrações e ultrapassagens que pudessem surpreender o Tricolor. O que se viu foram muitos cruzamentos e chutes sem perigo de fora da área. Pouco para a qualidade que tem, mas compreensível pelo tempo de trabalho de Jorge Sampaoli, que nesta quinta-feira completa um mês no clube.
Mesmo com pouco tempo, Sampaoli conseguiu fazer o time ter a melhor atuação na temporada, um fato muito importante. Vale destacar que não é fácil parar o Fluminense de Fernando Diniz. O próprio Flamengo de Vítor Pereira não conseguiu, assim como o River Plate. Ambos foram goleados, por 4 e 5 a 1, respectivamente. Portanto, a atuação é motivo de orgulho e esperança de que o "Malvadão" de fato está voltando.