ANÁLISE: Ninguém fala do gol do título, todos falam de Gabigol

Equatoriano marcou o gol da vitória sobre o Atlético-MG, mas nem parece

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Na primeira partida da final da Copa do Brasil, no Maracanã, Gabigol foi o herói. Na segunda, coube a Gonzalo Plata o protagonismo; o equatoriano fez um gol de pura categoria, primeiro dando um drible desconcertante em Saravia, depois encobrindo o goleiro Everson. O gol que garantiu a vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-MG e sacramentou o título do Flamengo foi provavelmente a sequência de segundos mais magistral de Plata desde que ele chegou ao Flamengo, quem sabe até da carreira.

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Mas o golaço e o que isso representou, a conquista de mais um título nacional para o time de maior torcida do país, ficou totalmente em segundo plano após o jogo. E provavelmente ninguém está falando sobre ele nesta segunda-feira nas rodinhas de amigos, nas conversas de boteco, nos debates esportivos de TV e de rádio. Porque ninguém falou nisso nem mesmo na zona mista que se seguiu ao jogo. Todos só falaram e todos só falam de Gabigol.

A esta altura você já sabe que o atacante do Flamengo anunciou ainda no gramado da Arena MRV que está deixando o clube. Gabigol vai para o Cruzeiro, grande rival do Atlético-MG, encerrando uma novela que se arrastou por meses, com períodos na reserva, foto com camisa do Corinthians, especulação de que iria para o Palmeiras.

Gonzalo Plata marcou o gol que sacramentou o título (Foto: Fernando Moreno/AGIF)

Gabigol foi discreto em Minas, mas só durante o jogo

Decisivo no Maracanã na semana passada, o atacante teve atuação um pouco acima da discreta na Arena MRV. Deu uma finalização (para fora) e um chapéu dentro da área do Atlético-MG, cuja sequência não resultou em nada que seja digno de nota.

Mas, se faltou a Gabigol uma participação mais efetiva no decorrer do jogo, não lhe faltou depois do apito final. Disse o que disse, surpreendendo inclusive os colegas de grupo. Criticou Tite e a diretoria do Flamengo. Em suma, se não conseguiu chamar a responsabilidade para si dentro do campo, como tanto fizera nos primeiros anos de Flamengo, Gabriel Barbosa o fez nesse domingo fora dele, nas entrevistas.

Quanto a Gonzalo Plata, fica a certeza de que será lembrado para sempre pelo gol que marcou na final da Copa do Brasil. Só que ele vai precisar esperar um pouco mais de tempo pelo reconhecimento. Porque, por ora, o assunto é outro.

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