ANÁLISE – No Flamengo, Gabriel vira Gabigol quando precisa
Atacante mais uma vez provou que sabe jogar decisões
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Gabriel Barbosa, o atacante que somava apenas cinco gols na temporada até o meio da tarde desse domingo, lembrou a todos que viram o jogo do Flamengo com o Atlético-MG porque seu apelido é Gabigol. O jogador marcou duas vezes na final da Copa do Brasil num Maracanã lotado, com o oportunismo e a tranquilidade que só se vê nos grandes goleadores.
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Antes de fazer o primeiro, porém, ele também lembrou a todos porque um jogador do seu nível amargou meses como reserva do Flamengo, mesmo num período em que o time se viu carente de jogadores de ataque, fosse isso por lesão — elas se multiplicaram este ano —, fosse isso por suspensão de companheiros.
Gabigol esquentou tanto tempo o banco de reservas porque, em mais de uma ocasião neste ano, não foi nem de longe o profissional que ao longo da carreira arrebatou fãs pelo Brasil inteiro. Num dia, foi suspenso por não seguir padrões de conduta obrigatórios para a realização de exame antidoping. Noutro, foi fotografado com a camisa do Corinthians e teve a cara de pau de dizer que a foto era montagem.
Nesse domingo, dois minutos antes de marcar o primeiro gol, Gabriel Barbosa discutiu de forma ríspida com Filipe Luís, o treinador que até pouco tempo atrás lhe dava passes para gols, e que é o grande responsável por lhe dar uma nova oportunidade no Flamengo.
A cena foi tão surpreendente que fez o técnico ficar corado de raiva, algo que até então parecia algo impossível, dado o estilo sossegado do treinador. Quem foi ao Maracanã e viu a cena deve ter imaginado que Gabigol sepultava naquele momento qualquer chance de renovação de contrato para a próxima temporada.
Gabigol foi o grande nome na vitória do Flamengo
Mas aí veio o primeiro gol, fruto de um posicionamento inicialmente equivocado de Gabriel Barbosa — que estava uns dois metros à frente do zagueiro e voltando para ficar em condições —, mas que depois se transformou em oportunismo graças a um posicionamento ainda mais equivocado do defensor do Atlético-MG que errou ao fazer a linha de impedimento.
O gol serviu para selar as pazes com Filipe Luís e rendeu mais um tempo inteiro a Gabigol em campo. Com uns erros de passes, umas corridas sem muita objetividade e até umas demonstrações de cansaço. Mas Gabriel Barbosa tem faro, sobretudo em decisões pelo Flamengo. Mostrou isso em 2019, quando marcou na final da Libertadores com o River Plate, e mostrou isso no segundo tempo diante do Atlético-MG, quando recebeu pela esquerda e avançou para fazer o terceiro gol rubro-negro.
Gabigol foi o grande nome da vitória rubro-negra na primeira partida das finais da Copa do Brasil. Se isso vai ser suficiente para renovarem seu contrato, ainda não sabemos. Mas, se não for, ao menos terá sido suficiente para ele deixar o clube na próxima temporada ainda merecendo a alcunha que o consagrou.
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