Hoje no Fulham, da Inglaterra, Andreas Pereira relembrou a passagem de Paulo Sousa no Flamengo, onde atuou no primeiro semestre do ano. Em entrevista à ‘Ronaldo TV’, o meia expôs erros do treinador e reconheceu que a ideia de trabalho do português não deu certo na equipe.
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- Tem tanta coisa que aconteceu (risos). Não sei explicar o que aconteceu. Mas é diferente o jeito de pensar dele como técnico. E, para mostrar para o grupo como tinha que jogar, eu senti desde o primeiro momento que não encaixou a ideia. Claro que como grupo não podemos desistir do cara. Falamos que iríamos tentar. Mas não deu certo. Dava para ver nitidamente - contou.
Andreas também contou que os jogadores não concordavam com o sistema tático imposto pelo treinador. Paulo Sousa mudou o esquema do Flamengo assim que chegou e provocou a queda de rendimento de alguns atletas.
- O sistema 3-5-2... O Flamengo ganhando todos esses anos no 4-3-3. Ele chegou e trocou para o 3-5-2. Aí eu vejo o Everton Ribeiro de lateral-esquerdo e penso: "Aí não, mano". Todos jogadores experientes falavam: "Pô, algo está acontecendo". Tentamos, mas tem uma hora que todo mundo falou que não dava mais. Estávamos dando soco contra a parede.
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- O David, o Diego e o Filipe sempre falavam com a gente: "Vamos tentar de outra forma, não podemos desistir". Se a gente está ganhando os jogos e você não concorda, é uma coisa. Agora se não está ganhando os jogos, não está aproveitando e está difícil, os caras começam a largar - concluiu o jogador.
O trabalho de Paulo Sousa não encaixou e o treinador foi demitido em junho. Para a vaga, o Flamengo contratou Dorival Júnior, que engrenou e vive grande momento com a equipe. Andreas pegou o início do técnico e revelou que o time ganhou confiança com o novo comandante.
- Desde o primeiro momento que ele chegou no Flamengo. No primeiro jogo com o Internacional, ele viajou do Ceará, chegou e conversou com a gente. Falou: "Esse grupo tem tudo". Falou tudo que o grupo queria ouvir, deu confiança. A gente estava num momento que pensava: "Será que a gente é bom mesmo?".
- Nós não fazíamos 10 passes seguidos, tomando "taca" de qualquer time. Falei: "Pô, mano, tá f...". Deu confiança para todos os jogadores, não só para os 11. Comigo ele foi incrível, fenômeno mesmo - declarou Andreas.