Após goleada do Flamengo, FERJ sai em defesa do Carioca Feminino

Entidade disse que tem como objetivo "incentivar a modalidade e dar oportunidade para inúmeras atletas". Carioca deste ano tem 30 clubes, incluindo alguns times amadores

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A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ) saiu em defesa do Campeonato Carioca Feminino neste sábado. O placar histórico de 56 a 0 do time do Flamengo/Marinha sobre o Greminho, na tarde deste sábado, deixou claro a disparidade entre alguns dos participantes da competição, que, nesta temporada, passou a contar 30 clubes. Muitos deles, amadores.

De acordo com nota publicada pela FERJ em seu site, a entidade teve como objetivo, ao organizar o Carioca feminino, "incentivar a modalidade, abrir portas para a realização de sonhos e oportunidades para inúmeras atletas".

A Federação também questionou os críticos da competição, citando como exemplo a Copa do Brasil, que inicia uma grande quantidade de clubes, e usando uma metáfora, no mínimo, curiosa, sobre "molho de couve-flor":

"Aos que criticam a quantidade de clubes, qual o critério para se limitar o número de competidores ou ser excludente na primeira edição cujo objetivo principal tem por foco gerar oportunidades, atrair interesses, materializar sonhos e colher subsídios para os devidos ajustes para delinear o futuro? Fica a reflexão lembrando que não se pode enxergar somente a couve num molho de couve-flor.. Vale lembrar que a Copa do Brasil começa com mais de 80 clubes e com diferenças técnicas exuberantes."

O Carioca feminino deste ano conta com 30 clubes, dos quais muitos são amadores. Assim, o Flamengo não tem encontrado dificuldades para golear seus adversários. Nas duas primeiras rodadas, o Rubro-negro venceu Barra Mansa e Campo grande por 13 a 0 e 10 a 0, respectivamente.

O Flamengo volta a campo pela competição no próximo domingo, para enfrentar a seleção da Central única das Favelas (Cufa), às 15h, novamente no Cefan.

Confira a nota da FERJ na íntegra:

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro teve como princípio, ao organizar o Campeonato Carioca Feminino de Futebol, incentivar a modalidade, abrir portas para a realização de sonhos e oportunidades para inúmeras atletas. A visibilidade está à frente como fonte de geração de talentos.O aspecto técnico vem em segundo estágio, no momento.

"Martas", Formigas, Sissis & cia não são fabricadas em laboratórios e nem brotam da terra sem ser plantada a semente. Aos que criticam a quantidade de clubes, qual o critério para se limitar o número de competidores ou ser excludente na primeira edição cujo objetivo principal tem por foco gerar oportunidades, atrair interesses, materializar sonhos e colher subsídios para os devidos ajustes para delinear o futuro? Fica a reflexão lembrando que não se pode enxergar somente a couve num molho de couve-flor.. Vale lembrar que a Copa do Brasil começa com mais de 80 clubes e com diferenças técnicas exuberantes.

Faremos, sim, reflexões a partir dessa edição, mas jamais deixaremos de exaltar vencedores e vencidos, independentemente do resultado de suas respectivas partidas. Aplaudimos o fair-play e a coragem das atletas, bem como os clubes que se propuseram ao primeiro passo de importante caminhada. Continuaremos com nossos objetivos mas sem deixar de abrir a porta da esperança.

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