Em decisão publicada no último fim de semana, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) marcou audiência de conciliação entre Flamengo e Paolo Guerrero para o dia 3 de dezembro. O processo, que corre na 9ª Vara Cível, é referente ao pedido do clube na Justiça pelo ressarcimento dos direitos de imagem pagos ao peruano antes da suspensão por doping imposta pelo TAS.
Contratado em 2015, Guerrero desfalcou o Flamengo por seis meses, entre outubro de 2017 e maio deste ano. Após ser liberado para disputa o Mundial da Rússia, o centroavante deixou a Gávea e acertou com o Internacional, mas voltou a ser suspenso pelo TAS e está sem atuar desde julho. Com contrato com o Colorado até agosto de 2021, o centroavante tem futuro indefinido.
A audiência de conciliação só acontecerá se Paolo Guerrero e sua defesa estiverem dispostos a entrarem em acordo com o Flamengo. O clube pede a devolução de R$ 1,8 milhão. O valor foi informado pelo site "Globoesporte".
RELEMBRE O CASO
Guerrero testou positivo para benzoilecgonina, principal metabólito da cocaína, em exame antidoping realizado após o jogo entre Peru e Argentina, no dia 5 de outubro. A partida era válida pelas eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.
Por causa disso, a Fifa suspendeu o atleta por 30 dias preventivamente. Depois, no dia 8 de dezembro, a Fifa anunciou a suspensão do atacante por um ano.
Em 20 de dezembro, a Comissão de Apelação da Fifa aceitou parcialmente o recurso interposto pela defesa de Guerrero, reduzindo a pena para seis meses. Então, iniciou-se a luta do atacante - e de seus advogados - por sua absolvição.
Em maio, após cumprir os seis meses de punição, Guerrero voltou a atuar pelo Flamengo e pela seleção peruana, sendo convocado para o Mundial da Rússia. No entanto, semanas antes da Copa do Mundo, o Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) julgou os recursos do atacante, que pedia a absolvição, e a apelação da Agência Mundial Antidoping (WADA), que pedia a suspensão por dois anos.
O resultado do julgamento do TAS foi o aumento da pena de seis para 14 meses, o que deixaria Guerrero fora do futebol até 2019 e fora do Mundial.
A defesa do centroavante, então, apelou ao Tribunal Federal Suíço, que concedeu uma liminar e autorizou a presença do peruano na Copa do Mundo, mas sem especificar se o atleta poderia disputar outras competições após por conta da liminar ou dar um prazo para o caso ser analisado definitivamente.