Barbieri admite falta de efetividade do Fla e lembra jogo ‘de 180 minutos’
Técnico do time rubro-negro ressaltou, porém, que, em partida da volta, Corinthians deve mudar de postura e dar mais espaços no decorrer do confronto
O técnico Maurício Barbieri reconheceu que, apesar de mais posse de bola, o Flamengo não conseguiu ser efetivo nas oportunidades diante do Corinthians, na noite desta quarta-feira, no Maracanã, no primeiro confronto da semifinal da Copa do Brasil. O treinador, porém, lembrou que a equipe de Jair Ventura jogou mais fechada e dando poucos espaços, o que deve mudar na segunda partida, na Arena Corinthians, no próximo dia 26.
- Os números refletem o que foi o jogo (cerca de 70% de posse de bola). O adversário quase não finalizou. Em relação à proposta (de jogo), fizemos o que tínhamos de fazer, sufocamos e eles quase não trocaram passes. Tivemos dificuldade para achar espaço, mas muito pela forma que eles jogaram. Mas é um jogo de 180 minutos e não conseguimos marcar no primeiro jogo. A tendência é que lá eles saiam mais e vamos tentar aproveitar - disse.
Para o confronto desta noite, Barbieri optou por Uribe no revezamento que tem feito dos centroavantes e afirmou que a tendência é que a posição seja suprida pelo jogador que melhor se encaixar na forma de atuar do adversário.
- Temos escolhido (atacante) em função do que adversário apresenta. Acho que os adversários estão vindo muito fechados contra a gente e aí é difícil ara o centroavante ter espaço. Precisamos melhorar um pouco o passe, a criação das jogadas. São 54 dias sem uma semana cheia para trabalhar. Agora, vamos ter o Vasco, que é um jogo difícil, e depois uma semana cheia. Vamos trabalhar para melhorar"
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Estatísticas do jogo
"Estatística são subjetivas, mas foi citado cinco chances claras e não aproveitamos. Em relação ao 9, é uma questão coletiva. Precisamos encontrar condições para que a bola chegue em melhores condições. Temos de ajustar. Não temos tido tempo para isso, mas isso passa também pelas características do adversário"
Atuação do árbitro
"(sobre o árbitro) Fez um bom jogo, seguro. Está de parabéns. Reconheço isso. O que disse anteriormente, não mudo. Jogos de grande porte, tem de ter os melhores e são os da Fifa"
Jogo de volta
"Acho que eles (Corinthians) vão mudar postura na volta. A não ser que achem o empate benéfico, o que não acho. Então, acho que vai acabar tendo mais espaço"
Uribe
"Acho que o Uribe não teve oportunidade clara. É preciso dividir a responsabilidade. Ele tem outras funções e cumpriu bem. Vamos continuar avaliando os adversário para analisar o atacante que usar"
Posse de bola
"Nossa ideia é usar a posse de bola de forma objetiva. A posse do Flamengo tem mérito, não é porque o adversário nos dá a bola. Aí, temos de melhorar alguns critérios. Alçar a bola na área, não é desespero. Colocamos duas referências e tentamos usar essas referências, que eles possam ganhar ou gerar algum rebote"
Chance de Paquetá mais à frente
"Não posso afirmar que vai até o fim do ano (esquema). Meias têm tido bom rendimento. Número de gols do setor mostra isso. Chance de usar o Paquetá mais à frente existe, mas isso depende do adversário, do jogo..."
Mudar estilo de jogo e dar bola ao adversário
"É sempre uma pergunta complicada. A partir do momento que dou espaço ao adversário, temos menos tempo para criar. É uma questão delicada. Se o jogo tivesse sido um pouco mais franco, com os dois tentando, acho que acharíamos mais espaço. A gente tem questões de precisam ser solucionadas. Depois do jogo com o Vasco, aproveitar a semana para isso"
Alterar estratégia de jogo
"A gente já usou outra estratégia. Usamos Vitinho de 9 para dar mais mobilidade, dois centroavantes. Estamos mostrando que podemos mudar. Tivemos domínio e chances de fazer. Não fizemos. Isso faz parte do jogo. Precisamos acertar alguns detalhes"
Faltou agressividade?
"Cássio não fez defesa milagrosa, mas fez defesa. Finalizamos bola na área que acabamos não acertando o gol. Não faltou agressividade, pelo contrário. Fomos agressivos o jogo todo. Tentamos buscar os espaços o jogo todo e tivemos o controle. Mas está em aberto. São 180 minutos. A tendência é que lá tenham de sair mais e isso pode abrir espaço"
Revezamento de centroavante
"Estatística são subjetivas, mas foi citado cinco chances claras e não aproveitamos. Em relação ao 9, é uma questão coletiva. Precisamos encontrar condições para que a bola chegue em melhores condições. Temos de ajustar. Não temos tido tempo para isso, mas isso passa também pelas características do adversário"