Bruno Henrique explica presente a torcedor do Olimpia: ‘Ele foi solidário. Só eu sei o que eu ouvi ali’
Atacante deu uma camisa do Flamengo a um torcedor paraguaio na goleada da última quarta-feira, pelas quartas de final da Libertadores
Um fato curioso chamou a atenção na goleada do Flamengo sobre o Olimpia, na última quarta-feira, pelo jogo de ida das quartas de final da Libertadores. Em meio a uma série de hostilidades e até injúrias raciais da torcida paraguaia contra os jogadores rubro-negros, um torcedor local recebeu uma camisa de presente de Bruno Henrique ao fim do primeiro tempo.
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O episódio viralizou nas redes sociais e ganhou explicação nos dias seguintes ao confronto. Primeiro, o próprio torcedor, Arturo Martinez, relatou que teve contato com o atacante do Flamengo durante os 11 minutos em que a partida ficou parada para o atendimento a Victor Salazar, após o forte choque com Arrascaeta.
Nesta sexta-feira, foi a vez de Bruno Henrique dar sua versão sobre o acontecido (leia na íntegra ao fim da matéria) e corroborar com o relatado anteriormente. De acordo com o camisa 27, o torcedor foi o "único que entendeu a situação" envolvendo Arrascaeta e Salazar e não partiu para insultos em meio à confusão.
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- Começamos a conversar numa boa, e no final do jogo ele me pediu a camisa. Eu dei a camisa para ele porque ele foi solidário. Só eu sei o que eu ouvi ali. Por ele ter me entendido e conversado comigo numa boa, sem ter me ofendido, eu vi que ele era uma pessoal legal. Então, por isso, eu resolvi presenteá-lo com a camisa - disse Bruno Henrique, por meio da assessoria de imprensa.
Torcedores e jogadores do Olimpia queriam a expulsão de Arrascaeta pelo forte choque com Salazar, que foi retirado por ambulância e sofreu traumatismo craniano. A arbitragem, no entanto, entendeu que o contato foi involuntário e não advertiu o meia uruguaio.
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No fim das contas, o Flamengo venceu por 4 a 1 e abriu grande vantagem por uma vaga na semifinal da Libertadores. A partida de volta será na próxima quarta-feira, às 19h15, no Mané Garrincha, em Brasília.
Confira a explicação completa de Bruno Henrique:
"Foi pelo fato dele ter sido o único que eu vi próximo de mim que entendeu a situação (envolvendo Arrascaeta e Salazar, jogador do Olimpia). Foi uma situação bem difícil e complexa. Eu mesmo fiquei muito assustado. Os torcedores do Olimpia estavam muito furiosos e queriam entrar no campo, xingando a nossa equipe de assassinos. Eu falei com o árbitro e até mesmo com o bandeirinha e eles falaram que o lance era normal. E eles falaram que não era lance para expulsão. Os torcedores queriam que o Arrascaeta fosse expulso, mas o Arrascaeta não teve culpa. Eles se chocaram, e o lateral levou a pior. Esse torcedor foi um dos poucos que entenderam a situação, mesmo sendo difícil. Começamos a conversar numa boa, e no final do jogo ele me pediu a camisa. Eu dei a camisa para ele porque ele foi solidário. Só eu sei o que eu ouvi ali. Por ele ter me entendido e conversado comigo numa boa, sem ter me ofendido, eu vi que ele era uma pessoal legal. Então, por isso, eu resolvi presenteá-lo com a camisa"