O diretor executivo de futebol do Flamengo, ,Bruno Spindel, foi o convidado desta segunda-feira no "Papo Virtual", do canal "FlaTV" no Youtube. Nome forte do futebol do clube, ao lado de Marcos Braz, vice-presidente da pasta, Spindel reforçou a boa relação com o técnico Jorge Jesus - cujo contrato com o clube da Gávea se encerra em junho.
Por conta da pandemia do coronavírus, as tratativas com o Mister saíram "um pouco do foco", disse o diretor, antes de reforçar o otimismo na permanência do Mister Jorge Jesus até dezembro de 2021, data final desejada pelo Flamengo.
- A relação com o Mister é a melhor possível. É um cara muito bacana, muito humano fora do trabalho, divertido, e que vive futebol 24 horas por dia. É o que ele ama. É um relação de cobrança por melhoria em tudo que está relacionado ao futebol. Ele contribui demais para levar o Flamengo a cada dia a um novo patamar. Estamos muito felizes com ele, e ele com o Flamengo, com o Rio de Janeiro, Brasil, com a torcida do Flamengo... Obviamente, a pandemia tira um pouco o foco da renovação, que estamos tratando, mas esperamos que dê tudo certo. Vamos esperar que a gente vença essa luta contra o vírus para ele continuar dando alegria ao nosso torcedor, com esse ambiente maravilhoso que ele tem com os atletas. Esperamos que dê tudo certo - afirmou Spindel.
Na sequência, o diretor revelou que o "DNA rubro-negro" - o estilo de jogo desejado pelo clube - foi o principal fator para que Jorge Jesus aceitasse o desafio de vir dirigir o Flamengo no meio de 2019. Com o Mister, a equipe conquistou a Libertadores, Brasileirão, Supercopa do Brasil e Recopa Sul-Americana, com direitos a vários recordes quebrados e atuações marcantes.
- O principal fator para o Jorge Jesus estar no Flamengo foi a ideia e a filosofia de jogo de acordo com o que a gente pensa para o Flamengo. É o que o torcedor espera: um futebol impositivo, com posse de bola, ofensivo, pressionando o adversário quando perde a bola, sempre querendo vencer. Dessa forma de jogar que foi construída com o Jorge, que tem tudo a ver com o DNA do clube, a ideia é sempre ter esses valores dentro do Flamengo - disse.
Abaixo, respostas de Bruno Spindel, diretor executivo de futebol do Flamengo:
Parceria com Marcos Braz, VP de Futebol
Temos um entrosamento grande, estamos juntos quase todo dia. São objetivos comuns, o Braz tem habilidades específicas diferentes da minha. Eu venho de um lado mais comercial, e ele tem uma visão muito aguçada do lado humano, esportivo dos atletas. Somos complementares e há uma grau de confiança muito grande. Acho que isso, entre nós dois e de outras áreas do clube, é importante demais. Muito feliz de trabalhar com ele no dia a dia e dos resultados que estamos conseguindo junto com todos outros responsáveis.
Período de quarentena
Estamos todos de casa, enfim, cumprindo a quarentena, para que a gente possa vencer essa luta mundial. Estamos todos sofrendo, desejando saúde a todos, cumprindo as determinações das autoridades para vencermos a pandemia. Todos com muita vontade de trabalhar normalmente e confiante que sairemos dessa mais forte, fazendo o que nós amamos. Espero que o mais breve possível e brigando por todos títulos possíveis.
Influência para tornar-se rubro-negro
A maior influência foi o Zico. Comecei a torcer desde pequeninho, a primeira grande emoção que lembro foi o terceiro gol do Adílio, contra o Santos no Maracanã, no Brasileiro de 73. Essa é a grande primeira emoção que lembro. Nunca vou esquecer.
Início profissional no Flamengo
Sou torcedor, esse foi um dos motivos, sempre fui apaixonado por esporte. Sou engenheiro, mercado financeiro, e sempre quis ajudar o Flamengo, a maior marca esportiva do Brasil. Conheci o BAP em 2012, na campanha para a eleição, me aproximei do grupo, me ofereci para ajudar no que fosse possível, e fui convidado. Era um sonho de trabalhar com esporte, estar com a marca do Brasil e participar dessa construção do Flamengo, onde estamos chegando agora.
Momentos mais marcantes como diretor do Flamengo
As conquistas, da Libertadores e Brasileiro, mas algo que marcou foi a saída do Ninho do Urubu, para o jogo contra o Emelec, o caminho que a torcida fez com a gente até o Maracanã, e o desembarque na Presidente Vargas. Não sei quantos milhões eram. Uma coisa de maluco e ver o que a conquista representou para a Nação Rubro-Negra. Você via no rosto de cada um o que o Flamengo trazia. É algo que arrepia, emociona só de lembrar. Algo inesquecível. Além disso, os dois gols do Gabigol. O segundo eu nem vi, estávamos comemorando. Um filme do ano todo já passava na cabeça, com o jogo indo para o final, mas sempre confiando na vitória, mas começa a passar muita coisa na cabeça. Foi uma explosão de emoção absurda. Saiu o segundo, quase de desmaiar como aconteceu com o Julio Cesar.