A cara de Barbieri: Flamengo diante do Inter é um time a ser batido
Rubro-Negro tem partida quase impecável diante do Colorado e se mantém na ponta do Brasileiro; Equipe apostou em velocidade e marcação alta para complicar o rival
Se a falta de um bom futebol vinha sendo a grande questão sobre o Flamengo, o jogo contra o Internacional serviu para elucidar qualquer dúvida. Pelo postado, pelos lados e pelo de meio campo, o Fla teve uma atuação impecável, sobre o comando de Maurício Barbieri. Muito também pela proposta de jogo oferecida pelo Internacional e pelo elenco rubro-negro saber aproveitar as brechas.
Dessa vez, mesmo com o resultado na mão, o treinador foi ousado e não fechou a equipe para manter o magro 1 a 0.
PELAS PONTAS E PELO MEIO
Com o Internacional bem postado, obrigou o Flamengo a atuar pelos flancos. As jogadas individuais saiam dos pés de Vinícius Júnior e Lucas Paquetá, que se revezavam com Geuvânio. Apesar da maior posse de bola, a efetividade na conclusão era falha, Só na primeira etapa foram 20 cruzamentos para área, quando o talento não aparecia. A estratégia foi boa, sufocou o Inter no campo de defesa e o gol só não saiu por méritos da defesa rival.
O MEIA EVERTON RIBEIRO
Sem Diego, coube a Everton Ribeiro a função de um meia mais centralizado, alternando em determinados momentos como segundo voltante, função exercida por Lucas Paquetá. Quando o jovem arriscava, Everton recuava. Porém, jogador de frente para a defesa, o camisa 7 apareceu como elemento surpresa e foi o principal jogador para quebrar em profundidade as linhas ofensivas do Colorado. Se Diego tem uma melhor visão de jogo, Everton tem mais raciocínio para ser esse elemento surpresa. E a escolha de Barbieri deu certo. Muito certo.
OLHO NAS LATERAIS
Se o Flamengo foi o dono da partida, os sufocos que vieram foram pelas laterais. Tanto Rodinei, quanto Renê tiveram problemas para marcar as investidas em velocidade do time colorado, em especial com Iago e Fabiano. Tanto que em pelos menos quatro oportunidades, em bolas saindo pelos cantos ou em toques verticais, Diego Alves teve que intervir e salvar o Fla. No primeiro tempo, por exemplo, as melhores chances foram do Inter, com Leandro Damião de cabeça. Ambas após cruzamentos dos laterais em bolas recebidas em profundidade.
SEGURANÇA DE CUÉLLAR
Não existe dúvida do grande momento que o colombiano vive na equipe rubro-negra. Como protetor da zaga, é um perito nos desarmes e ainda sabe sair jogando. Maurício Barbieri tem explorado esse potencial. Cuéllar dá cobertura para a defesa - que geralmente é mais lenta e com qualidade na saída - e aparece também como elemento surpresa. O camisa 8 sempre chega centralizado e é peça fundamental na montagem desse esquema tático. Sem ele, o Fla fica muito exposto e corre riscos.