Escrito por Lance!
Matheus Cunha é titular absoluto no Flamengo. Há alguns meses, essa afirmação parecia distante e até irreal para boa parte da torcida rubro-negra e da imprensa. O goleiro teve uma ascensão meteórica e conquistou de vez a confiança de Sampaoli com trabalho e disciplina no jogo com os pés. Em entrevista ao LANCE!, ele falou sobre o dia a dia no clube, elogiou o treinador argentino e comentou a relação com um ídolo da torcida: Diego Alves.
CONFIANÇA DE SAMPAOLI
Apesar de conhecer bem o elenco do Flamengo, algo que o motivou a assinar com o clube, Sampaoli não estava ciente do jogo de Matheus Cunha. O argentino, inclusive, confirmou a questão após o jogo contra o Cruzeiro. Ao entender mais sobre o dia a dia da equipe, o comandante percebeu que seu estilo combinava bem com o do jovem goleiro e decidiu apostar nele.
Segundo o próprio Cunha, foi essa confiança de Sampaoli que o colocou no patamar atual. Mesmo tímido, assim como o argentino, o arqueiro revelou que o trabalho do treinador faz com que todos no Flamengo queiram crescer e conquistar títulos.
- O Sampaoli é um grande treinador. Ele chegou conversando e dando oportunidades a todos. Acho que todos nos sentimos valorizados desde o começo. Aos poucos estamos nos adaptando às ideias, aos conceitos de jogo e estamos evoluindo. O trabalho realizado por toda comissão e meu empenho no dia a dia me fizeram ganhar essa oportunidade. Quero sempre evoluir, ouvir e aprender. Observo bastante e tento cumprir aquilo que treinamos. Tudo é fruto de trabalho e empenho - disse.
AMIZADE COM DIEGO ALVES
Quando subiu aos profissionais, Matheus Cunha foi abraçado por um nome muito vitorioso no Flamengo: Diego Alves. O camisa 1, à época titular, começou a passar ensinamentos ao pupilo, e eles cultivam uma amizade até hoje, mesmo que Diego tenha deixado o Rubro-Negro no fim da última temporada.
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O Garoto do Ninho, inclusive, recebeu elogios do amigo nas redes sociais após defender uma penalidade máxima na vitória sobre o Fortaleza, por 2 a 0, no Maracanã. Na publicação, Diego Alves escreveu: "Parabéns filho!! Papai orgulhoso". O ex-Flamengo deixou uma lacuna na figura do "pegador de pênaltis", e Cunha pode estar seguindo os passos. Além disso, ele falou sobre a briga por titularidade e elogiou Santos e Rossi, concorrentes e parceiros.
- Eu já brinquei com isso outras vezes. O Diego Alves sem dúvida foi um espelho. Ele me abraçou e eu aprendi muito com ele nesse período em que estivemos juntos. Não só com ele, mas com todos os goleiros. O Santos é um cara muito especial e agora temos também o Rossi. Uma briga sadia e quem sai ganhando é o Flamengo. Não temos vaidade, queremos o melhor para o grupo e acho que todos temos qualidades. A defesa me deixou muito feliz e ainda mais confiante seguir evoluindo e correspondendo como titular - finalizou, ao L!.
MAIS SOBRE MATHEUS CUNHA
Antes mesmo de chegar ao Flamengo, Cunha fez praticamente toda a parte de categorias de base no São Paulo. Com 11 anos, o goleiro participou de sua primeira peneira e, depois de quase dois anos de idas e vindas, foi aprovado para permanecer no Tricolor Paulista em 2014. Foram cinco anos no Morumbi até se transferir para o Rubro-Negro, em 2020.
O L! ainda teve acesso a um fato curioso sobre a saída do jogador para o Flamengo. O atleta estava muito próximo de assinar um renovação com o São Paulo e, momentos antes do acordo ser concretizado, o Rubro-Negro tornou a proposta oficial, a pedido de Rogério Ceni, e a vontade de Matheus Cunha pesou. Era só o início de uma história de superação no clube.
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Tímido e calado, Cunha apostou no trabalho para conseguir uma oportunidade no gol do Flamengo. Em 2021, quando a equipe profissional ainda era comandada por Rogério Ceni, o jogador se tornou titular absoluto do sub-20 e ganhou destaque. No ano seguinte, fez sua estreia no time de cima em partida contra a Portuguesa-RJ, pelo Campeonato Carioca. Contudo, ele participou de só mais um compromisso em 2022.
Mesmo que estivesse entre os profissionais, a oportunidade de Matheus Cunha viria apenas nesta temporada, já sob o comando de Jorge Sampaoli. O jovem entrou na vaga de Santos, após lesão do experiente goleiro contra o ex-clube, Athletico Paranaense. Ele teve sequência contra Goiás e Bahia, ficou fora diante de Fluminense e Corinthians, e retornou na Libertadores, no Chile. A partir daí, não saiu mais.