CBF avalia arbitragem no Fla-Flu e concorda com decisões em clássico polêmico

Wilson Seneme, chefe da comissão, avaliou os lances e apoiou marcações

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Nesta segunda-feira (17), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) promoveu, em sua sede no Rio de Janeiro, o sorteio dos mandos de campo da semifinal da Copa do Brasil. Após o evento, a comissão de arbitragem fez a gravação do 'Papo de Arbitragem', que analisa os lances da rodada, e concordou com as marcações no polêmico Flamengo x Fluminense.

Chefe da comissão de arbitragem da CBF, Wilson Seneme explicou sobre as marcações polêmicas e que geraram a revolta dos torcedores, e concordou com todas as decisão de Sávio Pereira Sampaio. Veja as explicações sobre o possível pênalti em Arrascaeta, sobre os gols anulados e a expulsão de Luiz Araújo.

Gols anulados
Os gols foram anulados pelo mesmo motivo: falta ignorada pelo árbitro de campo na construção do ataque que gerou os gols. No gol anulado do Fluminense, a falta marcada em Everton Cebolinha só se deu após intervenção do VAR. O mesmo aconteceu no empurrão de Pablo em Cano no gol anulado do Flamengo.

- Ele tem um ângulo bom, está bem posicionado, tem uma ângulo interessante para ver. Ele interpreta, fala que o jogador se joga e forçou o contato. Não é que deixou de ver. Ele interpreta como não falta. No final das contas, é uma má interpretação em campo - afirmou Seneme sobre a dividida que gerou o gol de Arias.

- O árbitro tem que olhar o ponto futuro da jogada e não prestar atenção na trajetória da bola. Não deveria ser uma ação de dificuldade para a equipe de campo. Se tem a visão antecipada da fase seguinte da ação, facilitaria muito o trabalho deles. Os assistentes, além de focar no impedimento, em contra-ataque têm que estar atentos às faltas - destacou o chefe da comissão de arbitragem.

Expulsão:
O entendimento é que a expulsão de Luiz Araújo foi correta pela entrada em Marcelo. Para o VAR, o jogador do Flamengo jogou o peso do corpo em uma articulação do atleta do Fluminense. Assim, Sávio cancelou o cartão amarelo e aplicou o vermelho.

- O que diferencia entre o cartão amarelo e o vermelho? É a força, o risco que você proporcionou com a sua entrada ao adversário. Isso é o espírito da regra. Muitas vezes a gente vê as análises sobre onde pagou e com o que pegou. 'Atingiu com as traves da chuteira na canela'. Tá bom, é uma referência? É, mas não é única. Eu posso atingir com as travas a canela do adversário e não ter força, impacto. Aqui é uma ação que não tem as travas, não é alta. A carga está na força do corpo, no peso do corpo, e ele não se atira no chão. Normalmente, os carrinhos deslizam no chão, isso tira a força. Mas, quando eu dou um carrinho aéreo, um jogador que apoia a mão no chão e deixa o resto do corpo como peso na perna do adversário, essa força empregada é o que transforma essa ação em cartão vermelho direto. É difícil identificar? É difícil.

Pênalti de Felipe Melo em Arrascaeta: a comissão de arbitragem entende que não houve penalidade.

- O jogador olha para o adversário antes do contato. Ele observa que vem vindo. A questão é, quem ocupa o espaço de quem? O Arrascaeta ocupa o espaço do Felipe ou o Felipe ocupa o espaço do Arrascaeta na disputa da bola? Essa bola está em disputa, não está sob o domínio de ninguém. O jogador do Flamengo joga o corpo na direção do Felipe. Causa o impacto? Causa. Derruba ele? Derruba. Mas provocado muito mais pela ação dele do que do Felipe.

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A avaliação completa da comissão de arbitragem da CBF em relação às decisões de Sávio Pereira Sampaio e assistentes no Fla-Flu da 15ª rodada do Campeonato Brasileiro foi divulgado pela entidade.

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