O Flamengo confirmou o amplo favoritismo e também saiu com um placar sonoro neste sábado, quando goleou o Volta Redonda por 4 a 1, no Maracanã, pelo jogo de volta das semifinais do Carioca. A vaga na decisão foi assegurada com um time quase inteiro de reservas, tendo apenas Gabigol de titular entre os 11 iniciais. E Rogério Ceni elogiou a seriedade com o que os seus comandados atuaram na noite - na ida, o Fla havia vencido por 3 a 0.
– A maneira séria como o time jogou no segundo tempo mesmo tendo um placar bom no primeiro tempo. Sem preciosismo, objetivo, tentando fazer gols. Lógico que com as trocas tínhamos uns jogadores que precisávamos tirar. Queria dar um ritmo para o Everton Ribeiro, para o João Gomes também, já que não treinaram de manhã. Alguns treinaram de manhã, como é o caso do Arão, do Diego, Filipe Luís, Arrascaeta e Bruno Henrique. E eles (Everton Ribeiro e Gomes), eu trouxe de segurança e porque eles podiam trabalhar um pouquinho no jogo de hoje - falou Ceni na entrevista coletiva, emendando:
– O mais importante é que levamos a sério o jogo. Muitos garotos na partida. Hoje tivemos 14 jogadores da base convocados. Nove no jogo. Lógico que alguns ainda precisam ser trabalhados, têm um ou dois anos de base, precisam de aprimoramento. Mas a gente fica feliz porque eu sei o quanto o clube valoriza a base, o quanto é bom ter jovens e para que o público pudesse observar e fazer sua avaliação de cada um deles.
No jogo, Gabigol foi o protagonista, com dois gols e uma assistência. O treinador comentou sobre os méritos alcançados com o trabalho do camisa 9, capitão do Fla desde o início pela primeira vez:
– Eu trabalho com ele todos os dias. Ele gosta de fazer finalizações. Às vezes trabalho com ele isoladamente 10, 15 bolas. Ele já tem esse talento e aprimorando, repetindo, é a única maneira de se evoluir. Onde ele vai chegar são onde os desejos, os sonhos, o quanto ele estiver disposto a se entregar. Eu acho que ele já está num lugar fantástico. E pode progredir cada vez mais com gols, mais títulos, mas vai depender muito dele. Eu fico feliz hoje de poder vê-lo como capitão do time. Apesar de jovem, ser um cara extrovertido, levou com seriedade, um discurso bacana, fiquei feliz pelos gols dele, pelo resultado e pela maneira como se comportou.
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Agora, garantido na decisão do Carioca, volta os holofotes para a Libertadores, quando, nesta terça-feira, às 21h30, visita o Unión La Calera, pela quarta rodada do Grupo G. Uma vitória garante a vaga nas oitavas.
Confira outros trechos da entrevistas coletiva:
Oportunidade ao goleiro Gabriel Batista e Léo Pereira
- Foi uma boa oportunidade do Gabriel Batista trabalhar, assim como o César teve no jogo com o Ceará. São jogadores formados, com idades próximas um do outro. É um goleiro que vejo todos os dias trabalhando e que eu queria ver ter uma oportunidade para que o próprio torcedor conheça. Mas eu sei que o Gabriel jogou ano passado, mas foi o primeiro jogo dele que eu pude estar presente no campo. Então é importante dar rodagem para todos para que no dia que precisarmos de algum jogador, possa estar preparado.
- O Léo já faz tempo que eu queria dar uma oportunidade, é um jogador que quando eu joguei contra no Athletico eu gostei muito. E em qualquer time que eu fosse eu gostaria de tê-lo. Passou por um momento difícil, mas sempre temos que dar uma oportunidade novamente. Eu acho que ele jogou bem, um zagueiro canhoto que tem boa saída de jogo. Vai ganhar cada vez mais minutos e oportunidades para jogar.
- Gabigol e Pedro juntos no ataque
– Eu fico feliz de ter jogadores desse nível. Eu falo para vocês que o Pedro eu considero um dos 11 titulares. Pedro dos últimos cinco jogos entrou em três, fez gols, fez três gols em uma partida. Hoje além da assistência teve boas oportunidades de finalização, teve bola na trave. Uma pena elas não entrarem. São jogadores talentosos, de características diferentes que eu tenho o prazer de ter dois noves no Flamengo.
Estreia de Ramon sob o seu comando
– Boa, boa! Fez um bom lançamento no gol. É um jogador muito forte. Hoje ele até se conteve um pouco pelo estilo de jogo e pela posição que eu coloquei para marcar o Alef. Um jogador de força. Ele marcou bem, neutralizou bem. O Alef não teve tanta oportunidade assim para subir, mas cumpriu seu papel taticamente. Eu sei que o melhor dele está em conduzir o jogo, mas dentro das características que a partida pedia, ele desempenhou o seu papel. Tem o Filipe Luís, tem o Renê e tenho ele. Estou sempre observando, está sempre nos treinos com a gente. E com a lesão do Renê já fica com a gente no mínimo até a volta do Renê. Ele tem ainda um tempinho de categoria de base. Mas é um jogador que sem dúvidas tem condições de jogar no profissional também.