O assunto "estádio" está longe de ser novidade nos bastidores da Gávea. Há alguns anos, o Flamengo intensifica a busca pela "casa própria". Mas, com os entraves entre o clube e o consórcio que administra o Maracanã, a necessidade de solucionar o problema só aumenta.
Diante deste cenário, o que não falta são ofertas para a construção do palco rubro-negro. No último sábado, o Painel FC trouxe a informação de que o clube teria recebido uma proposta para erguer um estádio capaz de comportar 48 mil pessoas.
Cerca de duas semanas atrás, um grupo de investidores apresentou o projeto que custaria R$ 700 milhões. A relação seria semelhante a que ocorre com o Palmeiras e a WTorre, não havendo gastos para o clube com manutenção e garantindo ao Flamengo participação em receitas. Guaratiba, Zona Oeste do Rio de Janeiro, seria o local desejado pelos interessados.
A oferta deve ser usada pelo Rubro-Negro para pressionar o governo do Estado. O clube quer a abertura de uma nova licitação para administrar o Maracanã. Na sexta, o Fla emitiu nota contra a renovação do contrato do atual consórcio e se dispôs a assumir a responsabilidade pelo estádio.
- No modelo atual de concessão, sem a participação na administração dos geradores de conteúdo e receitas, existe o risco concreto de transformar um dos mais importantes estádios do mundo num "elefante branco", o que seria lamentável para a imagem do Rio de Janeiro - diz um dos trechos da nota.
Em contato com o LANCE!, neste domingo (10), o presidente rubro-negro, Eduardo Bandeira de Mello, disse que ofertas desse tipo vem sendo frequentes e condicionou o desenvolvimento das mesmas ao contexto que cerca o principal palco carioca.
- Em vista da constatação geral de que o Flamengo precisa de um estádio, já recebemos inúmeras propostas com vários graus de detalhamento. No entanto, no intuito de preservar os interesses do clube, prefiro manter em reserva qualquer entendimento nesse sentido até que haja algo concreto, o que também depende de definição da situação do Maracanã - ponderou.
Após vencer a disputa pela licitação em 2013, o consórcio formado por Odebrecht, IMX e AEG recebeu o direito de explorar comercialmente o Complexo Maracanã por 35 anos.