Bruno Henrique, do Flamengo, foi indiciado pela Polícia Federal por supostamente ter forçado um cartão amarelo. A advertência foi na partida contra o Santos em 2023. O relatório da PF conta com conversas do jogador com o seu irmão, Wander Nunes Pinto Júnior. Em uma das mensagens o camisa 27 cita em qual jogo receberia a advertência.
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O print, divulgado pelo site "Metrópoles", é de uma conversa entre Bruno Henrique e Wander do dia 29 de agosto de 2023.
“O tio você está com 2 cartão no brasileiro?”, disse Wander.
"Sim", respondeu Bruno Henrique
Wander: “Quando [o] pessoal mandar tomar o 3 liga nós hein kkkk”
Bruno Henrique: “Contra o Santos”.
Wander: “Daqui quantas semanas?”
Bruno Henrique: “Olha aí no Google”
Wander: “29 de outubro”, “Será que você vai aguentar ficar até lá sem cartão kkkkkk”
Bruno Henrique: “Não vou reclamar”, “Só se eu entrar forte em alguém”
Wander: “Boua já vou guardar o dinheiro investimento com sucesso”
Outra conversa
Posteriormente, no dia 7 de outubro, Bruno e Wander voltam a abordar o tema. Na ocasião, o atleta pergunta ao irmão sobre um Pix no valor de R$ 10 mil.
Bruno Henrique: O Juninho
Vc consegui fazer transferir Pix no valor alto da sua conta ?
Wander: Consigo BH
Qual valor?
Bruno Henrique: 10 conto
Wander: Consigo
Bruno Henrique: Me manda seu Pix aí
Vou te mandar os 10k
Wander: Fazer gol hein viado tá no meu cartola
Bruno Henrique: E vc transferir pro Pix que eu te mandar aí
Wander: (ele envia um número de CPF)
Bruno Henrique: Vc não pode ser
Temos nomes igual
Wander: Vai da ruim?
O que era?
Bruno Henrique: Vai
Negócio de aposta aqui
Wander: Uai da essa ideia aí que vou apostar aqui tô precisando de dinheiro kkkkkk
Bruno Henrique: Esse aqui pesado não dá pra vc não
Wander: Se eu ganhar 1 mil reais tá bom se for coisa certa
Bruno Henrique: Tem que ter 💰 10 k todo final de semana
Wander: Ah tá
Eu ia apostar agora tô precisando de mil
Ia apostar agora
Manda numa conta de terceiro e ele me manda
Bruno Henrique: To vendo aqui já
Vc não dá
Wander: Entendi
Carai viu
Meu olho até brilhou
kkkkkk
Dá pra tomar um cartão hoje não 👀👀👀👀
Bruno Henrique: Da não
Tenho 1 já
Wander: kkkkkkk
Deu certo conseguiu aí
Bruno Henrique: Deu
Lajinha
Wander: Boa kkkkkk
Só comemorar agora
Tá apostando vitória ou cartão algo assim
Bruno Henrique: Não é nada disso nao
Parada de cavalo
Wander: Ah tá
Entenda o cenário
Investigadores encontraram no celular do irmão de Bruno Henrique, Wander Nunes Pinto Júnior, troca de mensagens que comprometeriam o atleta, o colocando diretamente ligado ao suposto esquema de apostas. O rubro-negro foi indiciado por estelionato e fraude em competição esportiva.
Wander Nunes Pinto Júnior, Ludymilla Araújo Lima (esposa de Wander) e Poliana Ester Nunes Cardoso (prima de Bruno Henrique) também foram indiciados. Os três fizeram apostas.
Wander Nunes Pinto Junior (Irmão) – Apostou R$ 380,86 e teve um retorno de R$ 1.180,67 (jogo contra o Santos)- Ludymilla Araújo Lima (Cunhada) – Ludymilla realizou a aposta em duas plataformas. Na primeira apostou R$380,86 e teve um retorno de R$ 1.180,67. Na segunda casa de apostas colocou e R$500,00 e teve um retorno de e R$ 1.425,00 (jogo contra o Santos).
- Poliana Ester Nunes Cardoso (Prima) – Apostou R$ 380,86 e teve retorno de R$ 1.180,67 (jogo contra o Santos).
Quando começaram as investigações
As investigações começaram em agosto do ano passado. O jogo contra o Santos foi pela 31ª primeira rodada do Brasileirão, em Brasília, no dia 1° de novembro de 2023. No total, quase quatro mil mensagens no Whatsapp de Bruno Henrique, do Flamengo, foram analisadas. Muitas delas, aliás, teriam sido apagadas.
Além dos três familiares de Bruno Henrique, outras seis pessoas (apostadores) também estão envolvidas. São eles: Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Rafaela Cristina Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Max Evangelista Amorim e Douglas Ribeiro Pina Barcelos.
Em novembro do ano passado, mais de 50 policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). O Ninhho do Urubu e a casa de Bruno Henrique foram dois desses endereços. O atacante teve o seu celular apreendido.
Próximo passo
Agora, o relatório da Polícia Federal será analisado Ministério Público do Distrito Federal. Assim, o órgão decidirá o oferecimento da denúncia ou não.
Bruno Henrique ainda não se manifestou
Após a divulgação da notícia, a assessoria de Bruno Henrique, do Flamengo, garantiu que o mesmo não irá se posicionar.
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