O Procon-RJ notificou o Flamengo em relação aos preços dos ingressos da final da Copa do Brasil. O clube terá 72 horas para se explicar sobre o tema. As denúncias foram feitas pelos próprios torcedores, que relatam abusividade do Rubro-Negro nos valores cobrados pelas entradas, que são bem superiores aos praticados até este momento da temporada.
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O ingresso mais barato para sócios-torcedores é de R$ 100,00, mas para rubro-negros que têm o plano mais caro disponibilizado pelo clube, o diamante. Para público-geral, ou seja, torcedores que não assinam nenhum plano do Flamengo, o bilhete de menos valor custa R$ 400,00 (meia-entrada sai por R$ 200,00).
Os valores geraram muita reclamação e fizeram os torcedores se mobilizarem por respostas, registrando denúncias. A informação foi divulgada pelo 'UOL' e confirmada pelo Lance!.
VEJA NOTA DO PROCON
"Após receber denúncias de torcedores do Flamengo a respeito do valor de comercialização dos ingressos para a final da Copa do Brasil, que ocorrerá dia 17/09 no Maracanã, o Procon Estadual do Rio de Janeiro oficia o clube para que apresente justificativa do aumento dos valores, e informações sobre os ingressos, os canais de venda, e procedimentos diferenciados aplicados aos sócios torcedores e aos não sócios torcedores. O Flamengo terá 782 horas a partir do recebimento da notificação para responder aos questionamentos.
Até o momento, a Autarquia recebeu denúncias de consumidores relatando que os valores praticados pelo clube para o jogo do dia 17/09 seriam abusivos e injustificados, ferindo o Código de Defesa do Consumidor, porque estariam consideravelmente mais altos do que habitualmente comercializados. O Procon-RJ também apura as notícias veiculadas em sites informando que torcedores estão com dificuldades para comprar os ingressos no site oficial do clube.
"Cumprindo nossa atribuição legal, o Ofício encaminhado ao Flamengo solicita esclarecimentos, para verificarmos se há qualquer irregularidade na venda dos ingressos, excepcionalmente, no caso de conduta abusiva do fornecedor diante de uma necessidade premente do consumidor, ou de um produto que possua a característica de essencialidade, como ocorreu nos casos de aumento injustificado nos preços do álcool gel e das máscaras durante a pandemia, e na redução do ICMS dos combustíveis. Além disso, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro já decidiu anteriormente em caso semelhante pela não abusividade. De toda forma, analisaremos a resposta do clube, e caso seja encontrada abusividade, as providências administrativas cabíveis serão tomadas". Disse Cássio Coelho, presidente da Autarquia.
O consumidor que desejar realizar denúncias ou reclamações, poderá acessar os canais de atendimento da autarquia, através do site oficial: www.procon.rj.gov.br".