A defesa do atacante Bruno Henrique, do Flamengo, se pronunciou, na manhã desta terça-feira (12), sobre a investigação em que o jogador é alvo por suposta manipulação em partida válida contra o Santos pelo Brasileirão de 2023. Em nota, o advogado Ricardo Pieri Nunes afirma que solicitou o arquivamento do processo e a devolução dos bens apreendidos do atleta.
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Além disso, a defesa cita que o caso já foi investigado e arquivado no STJD, alegando que o jogador teria esperado até os 52 minutos do segundo tempo para a receber um cartão amarelo supostamente premeditado, correndo o risco de ser substituído ao decorrer da partida.
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Entenda o cenário
Bruno Henrique é investigado por ter forçado cartões no confronto com o Santos, realizado no dia 1º de novembro de 2023, pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, o camisa 27 foi amarelado após cometer falta em Soteldo e recebeu o cartão vermelho por reclamação relacionada ao lance, já nos acréscimos da segunda etapa.
Mais de 50 policiais cumpriram 12 mandados de busca e apreensão em cinco locais distintos, sendo quatro em Minas Gerais (Belo Horizonte, Vespasiano, Lagoa Santa e Ribeirão das Neves), somados ao Rio de Janeiro. Investigações apontam que familiares do atleta e um grupo de apostadores fizeram apostas para o atacante tomar cartões em partida contra o Santos, em novembro de 2023.
Os familiares do jogador tiveram seus nomes divulgados. São eles: Wander Nunes Pinto Júnior (irmão), Ludymilla Araújo Lima (cunhada) e Poliana Ester Nunes Cardoso (prima) estão envolvidos no caso. Ex-jogadores e atletas amadores em Belo Horizonte também estão sob a mira das apurações da Polícia Federal.
Veja a nota oficial da defesa de Bruno Henrique
"Após análise de documentos que baseiam a operação da Polícia Federal e do Ministério Público contra o atleta Bruno Henrique, do Flamengo, por suposta manipulação em partida válida contra o Santos pelo Campeonato Brasileiro de 2023, a defesa do atacante vem a público reforçar o caráter íntegro de seu cliente, que tem uma carreira vitoriosa moldada por ética e correção. Protocolizamos no último sábado na Justiça pedido de arquivamento da investigação e a imediata devolução de seus bens apreendidos em operação na última terça-feira.
É de se ressaltar que este caso já foi investigado e arquivado no STJD, por não encontrar indícios de manipulação por parte do referido atleta. O tribunal entendeu que o lance em questão, no qual foi aplicado o cartão amarelo a Bruno Henrique, nem sequer era passível de falta.
O tribunal também destacou à época de sua investigação a inverossimilhança da tese de manipulação, uma vez que o referido atleta teria esperado até os 52 minutos do segundo tempo para receber um cartão amarelo supostamente premeditado, correndo o risco de ser substituído ao decorrer da partida.
Protocolizamos também pedido para análise das informações que foram fornecidas pelas três casas de apostas mencionadas no processo à IBIA (International Betting Integrity Association). Nem a Polícia Federal nem o Ministério Público procuraram aferir se o método técnico-científico para a produção e extração dos dados que baseiam a denúncia foi devidamente observado. Verifica-se nos autos que a equipe policial não se desincumbiu de trazer aos autos registros válidos sobre a produção e extração dos dados e não assegura a confiabilidade das informações apresentadas.
Esperamos que essa investigação possa também ser arquivada com brevidade para que o atleta possa seguir exercendo sua profissão com integridade e sem maiores danos à sua imagem, que já foi atingida de maneira injusta e irreparável por uma operação infundada."