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Desapontado com 2017, Andrade vê um ‘time que não vibra’ no Flamengo

Ex-jogador justifica críticas a Rueda e acha que título da Sul-Americana apagará ano ruim

Andrade dá autógrafos na Gávea no aniversário do Flamengo
Foto: Igor Siqueira

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Um dos ex-craques presentes ao dia de comemorações pelo aniversário de 122 anos do Flamengo e último técnico a ter comandado o Rubro-Negro em um título do Brasileirão, Andrade não amaciou nas críticas por causa do baixo desempenho do futebol do Fla em 2017. Na visão do ex-jogador, campeão mundial de clubes em 1981, nem uma eventual conquista da Sul-Americana deixará o elenco quite com a torcida.

- Foi muito abaixo da expectativa de todos. Esperava-se muito mais desse elenco, pelo investimento que foi feito. O Carioca é título, mas hoje está muito aquém. Resta uma esperança na Sul-Americana. Se ganhar, vai aliviar um pouco. Mas acho que este ano foi muito abaixo. Pelos jogadores que tem, poderia ter conquistado títulos mais importantes. Mesmo se vencer a Sul-Americana, pelo o investimento que foi feito, o time ainda ficaria em dívida. Não é o que o torcedor esperava e que nós, ex-jogadores, esperávamos. Vamos ver se no próximo ano o time dá retorno - disparou Andrade, em conversa com o LANCE! na Gávea, onde distribuiu autógrafos.

Na visão do ex-meio-campista, o time atual do Flamengo expressa pouco o DNA do clube dentro de campo.

- É a maior crítica que pode ser feita a esse grupo: talvez o comprometimento com o clube. É um time que não vibra. Acho que isso vai também do perfil do jogador. Alguns são bons jogadores, altamente técnicos, mas não têm o perfil de Flamengo. Tem que trazer jogador comprometido, que venha vibrar - comentou o "Tromba", como foi apelidado.

Andrade vê também que críticas ao técnico Reinaldo Rueda não são injustas.

- O treinador quando assume já tem cobrança. Isso não pode ser diferente com treinadores que vêm de fora. A cobrança tem que se igual a que nós temos. Ele já teve tempo para conhecer o elenco. É claro que a contratação em cima da Copa do Brasil não é culpa dele. É culpa de quem contratou. Mas tem que haver cobrança, sim. Não é porque vem de fora que tem que ter tratamento diferenciado. Ele é experiente, rodado - opinou ele, revelando um pouco de insatisfação também com a diretoria atual:

- Já estão há três anos dizendo que vai acontecer, vai acontecer. Daqui a pouco acaba o mandato e não acontece nada. A parte administrativa-financeira anda bem, mas o futebol mesmo, a parte do campo, ficou muito a desejar.

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