Ao decidir retomar as atividades do elenco profissional no Ninho do Urubu - como as imagens da TV Globo evidenciaram nesta semana -, o Flamengo descumpre o Protocolo "Jogo Seguro", o qual foi elaborado com a participação do próprio departamento médico junto à Ferj e outros clubes do Rio de Janeiro.
Márcio Tannure, responsável pela área do clube e que esteve em Brasília, no encontro com o presidente Jair Bolsonaro na terça, foi um dos membros mais atuantes da comissão médica especial criada justamente para isso. Em entrevista à "Fla TV", em 29 de abril, o chefe do DM rubro-negro avaliou a complexidade do retorno aos treinos, afirmando que isso só se daria após a liberação dos órgãos governamentais - como descrito no "Jogo Seguro".
- É um assunto complexo. Dificilmente teremos um consenso neste assunto. São muitos fatores envolvidos (...). Pessoas, federações, confederações, empresas, com objetivos e visões diferentes (...). É algo novo. Está tendo uma adesão muito grande dos médicos, e todos a favor do retorno no momento certo, desde que autorizado pelos órgãos públicos - comentou Tannure.
PREFEITURA SEGUE SEM AUTORIZAR RETORNO AOS TREINOS
No "Jogo Seguro", está descrito que é preciso "total anuência dos órgãos
governamentais, e do Ministério da Saúde, Secretarias Estaduais de Saúde e Secretarias Municipais de Saúde" para que o retorno aos treinos no Rio de Janeiro se dê de forma segura a proteger todos os profissionais envolvidos.
Apesar de ter ido à Brasília conversar com o presidente Jair Bolsonaro nesta terça, o Flamengo segue desautorizado a treinar em seu CT pela Prefeitura.
"A Prefeitura do Rio, por enquanto, não recomenda a volta dos treinos. A secretária municipal de Saúde, Beatriz Busch, está em conversas com o clube para transmitir a posição do comitê científico municipal, que visa a preservar a propagação da Covid-19 e a saúde das pessoas", se posicionou a Secretaria Municipal de Saúde em contato com a reportagem do LANCE! nesta quarta.