O fato de Donatti chegar ao Flamengo repleto de confiança em sua liderança não é uma exclusividade do argentino. A camisa rubro-negra conta histórias de vários gringos que marcaram época como referências de seus respectivos elencos.
O LANCE! enumera abaixo alguns dos estrangeiros com capacidade de liderança que se destacaram na Gávea.
AGUSTÍN VALIDO (Argentina)
Após passagens por Boca Juniors e Lanús, o ponta-direita argentino Agustín Valido desembarcou na Gávea e chamou a atenção por sua garra na trajetória entre 1937 e 1943, quando se aposentou guardando a lembrança dos Cariocas de 1939 e 1942. Porém, o ano de 1944 renderia o auge de seu momento como referência: a pedido do então técnico Flávio Costa, Valido deixou sua aposentadoria e voltou a jogar o Carioca. Mesmo com 39 graus de febre, o ponta subiu mais do que a zaga do Vasco para dar o gol do tricampeonato carioca, na vitória por 1 a 0, encerrando uma carreira com 45 gols na equipe.
REYES (Paraguai)
Desembarcando após passagens por Olimpia, River Plate e Atlético de Madrid, Reyes tornou-se a liderança do Flamengo em um período oscilante da história do clube. O paraguaio demonstrava raça e, em sete anos no clube, levou o Carioca de 1972.
DOVAL (Argentina)
Atacante com fome de bola, Doval se destacou pelo oportunismo e pelo poder de liderança em suas duas passagens no Flamengo (entre 1969 e 1971, e entre 1972 e 1975). Raçudo a ponto de dar sangue em campo, o argentino foi o primeiro parceiro de ataque de qualidade de Zico no Rubro-Negro.
FILLOL (Argentina)
Campeão mundial com a Argentina em 1978, Fillol desembarcou na Gávea seis anos depois. Mesmo atuando por duas temporadas e não deixando nenhum título relevante como lembrança, "El Pato" tornou-se um símbolo de liderança entre os anos de 1984 e 1985.
MANCUSO (Argentina)
Mancuso chegou ao Flamengo trazendo as lembranças de boas passagens por clubes como Vélez Sarsifield, Boca Juniors, Palmeiras e seleção da Argentina. Porém, na Gávea marcaria época. Aliando fôlego à sua entrega em campo, o argentino foi mais um a receber o apelido de "Deus da Raça", e deixou como lembrança a conquista do Campeonato Carioca de 1996.
GAMARRA (Paraguai)
Gamarra já havia deixado grandes lembranças ao futebol brasileiro por suas lembranças e títulos deixados no Internacional e no Corinthians quando, em 2000, foi contratado pelo Flamengo. Porém, a maneira elegante como o defensor da seleção do Paraguai aliava sua raça à categoria, com direito a poucas faltas, marcou época. Deixou como lembranças o Estadual de 2001 e a Copa dos Campeões do mesmo ano.
PETKOVIC (Sérvia)
Os ares europeus trouxeram as principais lembranças recentes do torcedor do Flamengo. Após passagem de destaque pelo Vitória, Petkovic voltou ao Brasil pelas portas da Gávea e, com uma pontaria nas cobranças de falta e dedicação em campo, rendeu um repertório de gols e títulos ao rubro-negro. Em sua primeira passagem, vieram os títulos de 2000 e, com direito a um golaço de falta, o gol do tricampeonato carioca de 2001, além da Copa dos Campeões do mesmo ano. Sete anos depois, já com a camisa 43, Pet voltou ao clube e, ao lado de Adriano, conduziu a equipe a mais um título brasileiro.