Sócios do Flamengo definirão no dia 9, segunda-feira, o novo presidente do clube para o próximo triênio. Três nomes concorrem ao pleito: Luiz Eduardo Baptista, Maurício Gomes de Mattos e Rodrigo Dunshee. Na véspera da votação, o Lance! separou o que pensa cada candidato sobre temas rubro-negro. Nessa nota, confira opiniões de Rodrigo Dunshee, da chapa "UNIFLA".
Atual vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee conta com o apoio de Rodolfo Landim, atual presidente. Ele, aliás, é filho de Antônio Augusto Dunshee de Abranches, mandatário do clube carioca no título do Mundial de Clubes de 1981.
Entre outros apoiadores, Dunshee conta com anuência de Nunes, grande nome da história do futebol rubro-negro.
Confira as respostas de Rodrigo Dunshee
O Flamengo precisa virar SAF?
Dunshee: Sou contra. Sempre fui contra o Flamengo abrir mão de seu controle e de sua marca. Não o vejo com um dono. Ele é de massa, e a torcida tem poder de controle externo. Se ela começa a pressionar, muita coisa se movimenta. Existem pessoas com títulos do Flamengo e poder de voto, e elas representam muito a “Nação”. Se o Flamengo tiver dono, perde sua identidade. Além disso, a SAF foi feita para quem precisa. O Flamengo está com uma pujança financeira grande. Não cogito.
É a favor da construção do estádio?
Dunshee: O estádio é um compromisso da nossa gestão, só a nossa candidatura se comprometeu com isso. A gente realizou a compra de um terreno que ninguém acreditava. O terreno é nosso, a chave do terreno está aqui. Esse é o principal ponto de infraestrutura nosso.
Estou tranquilo em relação a isso, porque estamos apresentando um orçamento separado. O orçamento do clube não vai se misturar com o do estádio. Este só se viabiliza incluindo receitas do próprio estádio: potencial construtivo, naming rights, iniciativas com o torcedor... Só vamos fazer quando estiver gerando recursos.
Planos para o Maracanã?
Dunshee: O Maracanã é um negócio bem lucrativo sendo explorado pelo Flamengo nos últimos anos. Quando ganhamos a licitação, apresentamos um plano de negócios e um caderno de encargos. Nesses encargos, há investimentos a ser feitos. Eles serão pagos pela própria receita do Maracanã. Vamos investir e fazer melhorias.
Como pretende ocupar as vice-presidências?
Dunshee: Vamos profissionalizar diretamente o departamento de futebol. O Marcos (Braz) já disse que vai sair, está cansado. Ele prestou serviços ao Flamengo inequívocos, o Flamengo está na gestão mais vitoriosa do clube. Mas o ciclo do Marcos já se encerrou, ele mesmo não quer ficar. Então vamos trazer um diretor de futebol técnico, alguém que tenha uma história muito bacana com o futebol como profissional.
Sobre Gabigol?
Dunshee: É. A gente pode conversar, mas existe uma proposta. Gabriel deu uma entrevista dizendo que não vai ficar no clube. Ele é quem precisa reformular isso, se quiser ficar. A proposta continua lá.
Estratégia para o Mundial de Clubes?
Nossa meta, modesta, é alcançar uma posição entre os quatro primeiros no Super Mundial de Clubes do próximo ano. Obviamente, vamos lutar pela vitória, mas é fundamental que estejamos entre os quatro primeiros, no mínimo. É uma questão de honra para o Flamengo
Planos para a categoria de base
Dunshee: Vamos fortalecer as categorias de base. Continuar investindo na formação de atletas,
garantindo um fluxo constante de novos talentos para o time principal.