Eleição Flamengo: veja como foi o pleito na Gávea

Clima esquentou na reta final da votação

imagem cameraCandidatos à presidência do Flamengo posam juntos para foto (Foto: Lucas Bayer/Lance!)
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Marcio Dolzan
Rio de Janeiro (RJ)
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Lucas Bayer
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 10/12/2024
13:08
Atualizado há 1 minutos
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A eleição que definiu Luiz Eduardo Baptista, o BAP, como novo presidente do Flamengo nesta segunda-feira (9), encerrou uma campanha acirrada e marcada por muitas trocas de acusação de uso da “máquina” do clube em benefício de candidatos. O dia de votação transcorreu dentro de relativa normalidade, mas também teve espaço para polêmica.

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Dunshee sorridente e Landim “expulso”

A votação começou com quase sete minutos de atraso porque o atual presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, conversava com pessoas na área de votação desde antes do horário de início do pleito. No local, só podiam ficar os votantes que já tinham passado pela triagem. E Landim era o principal cabo eleitoral de Rodrigo Dunshee.

Por isso, o presidente da Assembleia Geral do clube e responsável por organizar a votação, Carlos Henrique Fernandes dos Santos, se negava a iniciar o pleito.

— É uma decisão unânime da Mesa (diretora) da Assembleia Geral do Clube de Regatas do Flamengo, não é uma decisão individualizada — declarou, via sistema de som. Assim, Landim voltou à área de triagem e a votação começou. E o atual presidente foi o primeiro a votar.

Pouco depois foi a vez de Rodrigo Dunshee se encaminhar à urna. Ele saiu sorridente e fazendo o tradicional “V” de vitória com a mão.

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BAP protocola denúncia, e gerente de TI nega acusação

Pouco antes das 10h, a chapa encabeçada por Luiz Eduardo Baptista, o BAP, protocolou denúncia contra a de Rodrigo Dunshee por suposto uso de um sistema interno do clube com lista de sócios votantes. O acesso irregular no dia da eleição no Flamengo, contudo, foi rapidamente investigado pela mesa diretora, e a suspeita, rechaçada.

— Nós chamamos o gerente de TI do Flamengo, chamamos as chapas para irem até a área de triagem (dos votantes). Os representantes da TI fizeram a verificação não só da chapa que tinha sido denunciada, como também da chapa denunciante. Os dois aplicativos estão normais, não há nada de mais. Por isso, lavrei que a denúncia foi improcedente — explicou Carlos Henrique Fernandes dos Santos.

Junto com os apoiadores de Dunshee, os de BAP estavam entre os mais atuantes durante o dia. “Já tem candidato?” e “vai votar em quem?” eram perguntas que se ouviam com alguma frequência do lado de fora do ginásio.

Apoiadores dos candidatos durante a eleição do Flamengo (Foto: Marcio Dolzan/Lance!)

Maurício discreto 

Correndo por fora na disputa, Maurício Gomes de Mattos foi o mais discreto ao longo do dia de eleição no Flamengo. O candidato ficou boa parte do tempo próximo ao portão de acesso ao ginásio, conversando com amigos e eleitores que se aproximavam. Dentre os três postulantes ao cargo, era o que fazia a abordagem mais tranquila.

Márcio Braga ao lado de Maurício Gomes de Mattos (Foto: Lucas Bayer/Lance!)

MGM, como é conhecido, chegou cedo à Gávea e encarou a maior parte da manhã de pé. E nem mesmo o calor sufocante do Rio foi capaz de tirá-lo de perto do ginásio onde aconteceu a eleição no Flamengo.

Nomes importantes do Flamengo passaram pela votação

No decorrer do dia, grandes nomes da história do Flamengo compareceram à sede social do clube para exercer o voto. Os ex-jogadores Evaristo de Macedo, Júnior, Nunes e Dejan Petković estiveram presentes, assim como Márcio Braga, Kleber Leite e Bandeira de Mello, ex-presidentes do clube.

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Marcos Braz, que no final do ano deixa o cargo de vice-presidente de futebol, também participou do pleito. Após confirmar o seu voto na urna, ele rebateu as críticas sobre ser um dirigente amador.

- Eu entrego um elenco muito melhor que peguei. Entrego um departamento muito mais robusto em todas as áreas mesmo com essa palhaçada de negócio de amador. A estrutura é profissional. Temos funcionários fantásticos. Mas vou deixar bem claro como está o futebol, apresentar todas as informações possíveis e quem vencer a eleição faça sua análise.

Apreensão e clima de tensão na reta final da votação

Próximo das 21h, quando se encerrou a votação, os organizadores abriram os portões do ginásio para a entrada dos apoiadores das chapas. No entanto, houve uma confusão entre adeptos da Chapa 1, de BAP, e da Chapa 3, de Rodrigo Dunshee. Para acalmar as discussões, que já estavam acaloradas, a Chapa 1, que vestia camisas azuis, foi direcionada para a arquibancada. A chapa 3, de roxo, ficou na quadra.

Além disso, um torcedor rubro-negro, aos gritos, pediu que os organizadores liberassem a entrada dos sócios, que batiam nos portões do local (seguranças precisaram reforçar a barreira nas entradas). Afinal, apenas os apoiadores foram liberados para assistir à apuração.

Carinho ao candidato da Chapa 2

Maurício Gomes de Mattos, candidato da Chapa 2, é muito respeitado internamente. Assim, tem o carinho dos adversários. Antes mesmo da contagem dos votos, ele foi aplaudido por todos que estavam no ginásio.

Cantos de provocação e união na hora do hino

Com a cadeira de presidência do Flamengo em disputa para o próximo triênio, os apoiadores se provocaram, mas sem desavenças. Porém, após gritarem os nomes dos seus candidatos, eles se uniram e cantaram o hino do Rubro-Negro.

Resultado da eleição

Se antes a expectativa era por uma eleição parelha entre Luiz Eduardo Baptista e Rodrigo Dunshee, as urnas mostraram uma larga vantagem para BAP. Afinal, o candidato da Chapa 1 teve a maioria dos votos em nove das dez urnas eletrônicas. No total, somou 1.731, contra 1.166 da Chapa 3.

Candidatos à eleição do Flamengo (Foto: Lucas Bayer/Lance!)

Comemoração de BAP

Logo após o resultado da eleição, BAP festejou ao lado de familiares, amigos e apoiadores.

Luiz Eduardo Baptista, o BAP, é eleito presidente do Flamengo (Foto: Lucas Bayer/Lance!)

Após deixar a Gávea, ele foi para uma comemoração em um restaurante no Leblon, na Zona Sul do Rio. Por lá, a festa foi até as primeiras horas da madrugada, e contou com muita celebração e provocação ao principal adversário na eleição.

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