Menos de duas horas após o início da eleição no Flamengo, a chapa encabeçada por Luiz Eduardo Baptista, o Bap, protocolou denúncia contra a de Rodrigo Dunshee por suposto uso de um sistema interno do clube com lista de sócios votantes. O acesso irregular, contudo, foi rapidamente investigado pela mesa diretora e a suspeita, rechaçada.
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A denúncia traz um novo capítulo para as polêmicas que vêm desde a campanha, recheada de acusações de uso da “máquina” administrativa do clube.
Gerente de TI nega irregularidade apontada por Bap
— Nós chamamos o gerente de TI do Flamengo, chamamos as chapas para irem até a área de triagem (dos votantes). Os representantes da TI fizeram a verificação não só da chapa que tinha sido denunciada, como também da chapa denunciante. Os dois aplicativos estão normais, não há nada demais. Por isso, lavrei que a denúncia foi improcedente — explicou Carlos Henrique Fernandes dos Santos, presidente da Assembleia Geral do Flamengo e que comanda a votação.
Entenda o protocolo na eleição do Flamengo
Para entender: assim que um sócio apto a votar chega ao ginásio na Gávea, onde é realizada a votação, ele passa por uma área de triagem para verificar sua condição de votante. A partir daí, o sócio é encaminhado a uma das urnas.
É nessa mesma área de triagem que representantes das três chapas que concorrem à eleição à presidência do Flamengo ficam para registrar os votantes. Munidos de tablets, eles anotam em um aplicativo quem já votou. A intenção é ter um controle de votos já depositados e fazer uma projeção de quem está na frente.
Como foi a denúncia na eleição no Flamengo
A denúncia protocolada por Bap era de que a chapa de Rodrigo Dunshee estaria com acesso a um sistema interno — e restrito — do clube com essas informações. A suspeita surgiu porque apoiadores de Bap observaram que o sistema utilizado nos tablets dos apoiadores de Dunshee tinha layout muito parecido com aquele do clube.
A partir da denúncia, a comissão eleitoral chamou técnicos da TI do clube para comparar os aplicativos. Logo, foi comprovado que os sistemas, mesmo que parecidos visualmente, eram completamente diferentes e sem nenhum acesso irregular.
Vale ressaltar que a votação acontece em urnas eletrônicas fornecidas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ), as mesmas utilizadas em eleições gerais e municipais. Portanto, o voto é inviolável.