Em meio a mudanças no DM, Flamengo tem desfalques para final do Carioca
Sequência de lesões provoca a reestruturação no setor

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O Flamengo tem desfalques importantes para enfrentar o Fluminense nesta quarta-feira (12), às 21h30 (de Brasília), com mando do Tricolor, no Maracanã, pela partida de ida da final do Campeonato Carioca. Desde o início do ano, o Departamento Médico do clube vem passando por mudanças, mas o número de jogadores lesionadores preocupa.
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No início da temporada, em menos de um mês de atuação, o time principal já tinha acumulado cinco atletas com problemas musculares no departamento médico, número bem acima do registrado no mesmo intervalo de tempo nos últimos cinco anos. São eles: Everton Cebolinha (coxa direita), Alex Sandro (coxa esquerda), Juninho (coxa direita), Michael (coxa esquerda) e Ayrton Lucas (coxa esquerda).
Lesionados desde 2024, Pedro (rompimento do ligamento cruzado do joelho esquerdo), e Matías Vinã (rompimento do ligamento cruzado do joelho, fratura na tíbia e menisco) voltaram recentemente a treinar no gramado do Ninho do Urubu. Além do retorno gradual desses atletas, o Flamengo contou com a volta de Juninho e Alex Sandro para a semifinal do Carioca.
A classificação diante do Vasco por 3 a 1, no agregado, garantiu a equipe rubro-negra em mais um final, porém trouxe uma baixa importante. Bruno Henrique foi diagnosticado com um edema no músculo posterior da coxa direita, e se juntou a Michael (coxa esquerda) e Everton Cebolinha (coxa direita). Os três jogadores são desfalques do Flamengo no primeiro duelo da final. Já Danilo, recuperado de um incômodo muscular, deve ser relacionado.
Segundo Lucas Costa, fisioterapeuta esportivo associado à Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física (Sonafe Brasil), a quantidade maior de lesões em comparação com outros períodos está diretamente ligada a mudança do calendário do futebol brasileiro.
— O calendário deste ano gerou algumas alterações, porque iremos ter uma pausa na metade por conta do Mundial de Clubes. Com isso, o aumento de jogos decisivos e viagens se torna mais frequente, o que faz com que os principais jogadores tenham um menor tempo de descanso em relação ao que seria adequado para um início de temporada. Ao meu ver, o ideal seria reestruturar os campeonatos no Brasil, a fim de não predispor os atletas a esse tipo de sobrecarga por várias partidas em sequência e viagens semanais já no início da preparação para uma temporada toda — afirma o profissional.
Além do rodízio de atletas, outros métodos podem ser adotados para tentar prevenir as lesões, especialmente nos principais nomes do elenco. Jogadores como Arrascaeta e De La Cruz têm passado por um controle de carga que inclui alguns dias de trabalhos internos e minutagem reduzida nos jogos. No último jogo, foi a vez de Danilo, recém convocado para defender a seleção brasileira contra a Colômbia e Argentina, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
— Do lado da fisioterapia esportiva temos testes específicos de força, funcionais, movimento com filmagens a fim de observar se algum gesto esportivo do atleta pode aumentar o seu risco de lesão durante a prática esportiva. Junto ao DM, vemos como estão os exames de sangue, averiguamos o sono do atleta - que hoje sabemos que pode estar relacionado com o aumento do risco de lesão, dentre outras coisas, pois eliminar completamente os perigos de contusão não é possível — aponta Lucas.
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Novidades no DM do Flamengo
Para também ajudar na prevenção dos problemas, o Flamengo tem feito mudanças no Departamento Médico. O clube adquiriu aparelhos modernos de ultrassom e contratou médico ultrassonografista e radiologista Bruno Hassel, que irá ao CT fazer o acompanhamento dos jogadores de duas a três vezes na semana.
O entendimento da equipe médica é que as ressonâncias magnéticas “superestimam” as contusões e que os aparelhos de ultrassom ajudam a fazer um controle de cicatrização dos músculos lesionados. Além disso, o equipamento será usado para monitorar sinais de desgaste e ajudar a identificar se há risco de lesão.
— Na minha opinião, o futebol brasileiro deveria adotar uma padronização de testes específicos para realizar no início, no meio e no final da temporada como protocolo preventivo de lesões. Com os dados obtidos, seria possível ver um mapa mais amplo sobre os motivos de tal atleta ter tido algum tipo de lesão, correlacionando os dados obtidos nas três avaliações. Porém, para isso, teríamos que ter pelo menos alguns dias de pausa nas competições para realizar os testes, o que no calendário atual sabemos que se torna impraticável — acrescenta o fisioterapeuta da Sonafe.
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