O Flamengo se viu obrigado a levar o jogo contra o Athletico-PR para outra praça após o fechamento do Maracanã para recuperação do gramado, e a situação fez os torcedores retomarem o debate sobre a necessidade da construção de um estádio próprio do Rubro-Negro.
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Além dos recorrentes problemas com o gramado, que é alvo de críticas incisivas há pelo menos três temporadas, o Flamengo vê uma outra questão se tornar uma 'dor de cabeça' em relação ao Maracanã: o desejo do Vasco em brigar pelo processo de licitação.
Nesse cenário, o Flamengo, que aguarda a publicação do novo edital para entrar na briga e se manter na administração do Maracanã, continua trabalhando, de forma discreta, no projeto de construção do estádio próprio. Uma possível mudança nas prioridades da gestão Landim em relação ao assunto vai depender, inclusive, do caminhar do processo de licitação do Jornalista Mário Filho.
O PROJETO DO GASÔMETRO
Não é novidade que o foco do Flamengo para a construção do estádio é o Gasômetro. O terreno fica na área central do Rio de Janeiro e é administrado pela Caixa Econômica Federal. A praça é considerada uma 'joia rara' para o Rubro-Negro pelo seu potencial urbanístico, e o projeto foi aprovado pelo prefeito Eduardo Paes e pelo governador Cláudio Castro.
PONTOS POSITIVOS DO TERRENO
O terreno tem cerca de 116 mil metros quadrados e foi adquirido pela Prefeitura do Rio de Janeiro em 2012 por R$ 220 milhões. Depois, foi vendido ao Fundo de Investimento Imobiliário Porto Maravilha, que é administrado pela Caixa Econômica Federal, atual proprietária do local.
O principal ponto positivo do terreno do Gasômetro é o fator localização. A proximidade com a estação de metrô Cidade Nova, as estações de trem Praça da Bandeira e São Cristóvão e à Rodoviária Novo Rio, além da futura ajuda de VLT e BRT, através do Terminal Intermodal Gentileza.
OS MEIOS DE TRANSPORTE E A VALORIZAÇÃO DO LOCAL
Outro ponto positivo para a criação do estádio do Flamengo no Gasômetro gira em torno do andamento da construção do Terminal Gentileza, que irá integrar 22 linhas de ônibus municipais, o BRT Transbrasil e as linhas 1 e 2 do VLT, fator que deixará o acesso facilitado para torcedores e turistas.
A SITUAÇÃO COM A CAIXA ECONÔMICA
As negociações com a Caixa Econômica Federal foram paralisadas durante a transição entre os governos Bolsonaro e Lula. No entanto, o deputado Pedro Paulo, que é parceiro do Flamengo e entusiasta do projeto, se colocou à disposição para fazer a interlocução das tratativas entre o Rubro-Negro e a instituição financeira. Em contato com a reportagem, o político falou sobre a expectativa com a construção do estádio.
- O Flamengo continua trabalhando no projeto do estádio, a gente conversa sobre isso, e a diretoria vai destacar um executivo da equipe para se dedicar a essa proposta. Eu me coloquei à disposição para fazer a articulação junto à Caixa Econômica para que o projeto possa ficar de pé.
O deputado também garantiu que o prefeito Eduardo Paes achou o projeto incrível, e que o governador Cláudio Castro abraçou a ação. Pedro Paulo entende, ainda, que o Caixa Econômica Federal terá bons retornos com a construção do estádio do Flamengo. "A Caixa, ao topar o projeto, sendo a dona do terreno, tem muito a ganhar", disse.