Estádio do Flamengo: Landim projeta reunião com presidente da Caixa para debater construção

Presidente do Rubro-Negro quer tirar projeto do papel

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O Flamengo, por meio do presidente Rodolfo Landim, vai tentar começar a debater de forma mais efetiva a criação do estádio próprio. O dirigente Rubro-Negro pretende se reunir com o executivo da Caixa Econômica Federal para evoluir a conversa e tirar o projeto do papel.

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- Houve a mudança de governo e não havia alguém já efetivado à frente da Caixa. Esperamos então a mudança do grupo de gestão. O novo presidente da Caixa foi empossado, fui à posse e estamos tentando uma reunião com ele para a semana que vem. Existe uma previsão de troca dos vice-presidentes da Caixa, então poderemos aprofundar as conversas, utilizando a tese do Flamengo, que é real - disse Landim ao blog de Mauro Cezar, no "UOL".

O PROJETO DO GASÔMETRO

Não é novidade que o foco do Flamengo para a construção do estádio é o Gasômetro. O terreno fica na área central do Rio de Janeiro e é administrado pela Caixa Econômica Federal. A praça é considerada uma "joia rara" para o Rubro-Negro pelo seu potencial urbanístico. O projeto foi aprovado pelo prefeito Eduardo Paes e pelo governador Cláudio Castro.

O terreno do Gasômetro, cuja área é de 86.592,30 m², faz parte do Porto Maravilha, Operação Urbana Consorciada criada em 2009 para revitalização da Zona Portuária do Rio de Janeiro.

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O fato é que para a realização da Operação Urbana foi criado um Fundo de Investimento Imobiliário (FII) Porto Maravilha, que teve o FGTS (Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) como cotista.  A última aplicação foi de R$ 5 bilhões, e a meta era conseguir contrapartida, mas não houve a valorização esperada.

O Fundo se endividou, e hoje há um prejuízo de R$ 4,2 bilhões. A expectativa do Flamengo é aproveitar a desvalorização e trazer o retorno não alcançado até o momento.

- Se eles tinham um plano de negócio, estão valorando os ativos aportados por algo muito menor, pois ninguém consegue mostrar a eles um projeto que traga o retorno que esperavam. Isso pode ser um argumento para que o Flamengo traga um projeto novo, saindo um novo valuation (análise do valor de um ativo) para aquela área, no mínimo reduzindo o enorme prejuízo.

Em relação ao investimento, Rodolfo Landim não pretende endividar o clube e não descarta a criação de uma SAF (Sociedade Anônima do Futebol) para a viabilização do projeto. O presidente do Flamengo se inspira na gestão do Bayern de Munique, que trabalha no mesmo modelo.

- Não quero endividar. O estádio do Corinthians obteve R$ 300 milhões pelo naming rights, o mesmo ocorreu no Palmeiras. Fui ao estádio do Bayern e basicamente eles se transformaram numa SAF para ter o estádio, vendendo 24,9% da parte do futebol. Na lei alemã, se os sócios minoritários têm menos de 25%, não decidem nada.

Rodolfo Landim também descartou a realização de shows e a utilização de grama sintética.

- Será um estádio somente para futebol, com gramado natural. Se quiserem fazer shows, façam no Maracanã depois que acabar a temporada. No estádio, sim, teremos museu, restaurante, loja - afirmou.

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