FIFPro pede reunião urgente com a Fifa para discutir punição à Guerrero
Federação Internacional dos jogadores defende que o jogador "não teve intenção de trapacear" e questiona os 14 meses fora de campo impostos ao atacante peruano
O caso do peruano Guerrero parece ganhar mais um capítulo. Um dia após a sentença imposta pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) ao jogador para ficar 14 meses afastado do futebol, a Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro) questionou a punição feita ao atleta e solicitou uma "reunião urgente" com a Fifa para falar sobre o quadro.
Cumpridos já seis meses da punição, Guerrero perderia o restante da temporada pelo Flamengo, além de disputar a Copa do Mundo pelo Peru, que não vai a um Mundial desde 1982. De acordo com a nota emitida pela FIFPro, a entidade considera a pena para o atacante como "tão prejudicial para sua carreira, que desafia o senso comum".
Veja a nota oficial:
"A FIFPro está convocando uma reunião urgente com a FIFA depois que o jogador de futebol Paolo Guerrero foi suspenso por 14 meses por ingerir acidentalmente uma substância proibida, impedindo-o de representar o Peru na Copa do Mundo.
A FIFPro considera a proibição injusta e desproporcional, e o exemplo mais recente de um Código Mundial Antidoping que muitas vezes leva a sanções inapropriadas, especialmente quando foi estabelecido que não havia intenção de trapacear.
Tanto a Fifa quanto a Corte de Arbitragem do Esporte concordaram que Guerrero não ingeriu conscientemente a substância e que não houve efeito de melhoria de desempenho. Por isso, desafia o senso comum de que ele deveria receber uma punição que é tão prejudicial para sua carreira.
O Código WADA foi imposto e atualizado sem a devida consulta aos jogadores de futebol e seus representantes.
À luz deste caso e de outras decisões recentes, a FIFPro pede à FIFA e a outras partes interessadas do futebol que revisem imediatamente como mudar as regras antidoping no futebol, para que sirvam aos melhores interesses do jogo e protejam os direitos fundamentais dos jogadores."