O presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, tentou acalmar a indisposição do Fluminense contra o Rubro-Negro quando o assunto é Maracanã. No lado tricolor, a leitura é que o Fla está se mexendo para gerir o estádio sozinho, em uma possível nova licitação. Bandeira buscou um tom mais conciliador, em resposta à entrevista do presidente do Flu, Pedo Abad, na noite anterior.
- Houve um grande mal entendido. Sempre tivemos uma relação muito boa com o Fluminense. O que o Rafael Strauch (vice de administração) falou (no Twitter) foi uma das hipóteses possíveis, em caso de uma nova licitação, com uma gestão 100% do Flamengo, mesmo nesse caso o Flamengo abriria o Maracanã para os outros clubes. Tenho esperança que em uma situação futura Flamengo e Fluminense possam estar juntos disputando a licitação - disse Bandeira.
O dirigente rubro-negro ainda voltou a criticar a Lagardère, que teve avanços na transação com a Odebrecht pela gestão do estádio, mas pode ver tudo ruir se o governo do Rio fizer uma nova licitação.
- Não tem como alguém em sã consciência achar que a licitação não é o melhor caminho. É o que dá segurança jurídica e respeita o direito do contribuinte. Com uma nova licitação, não quer dizer que o Flamengo vá ser o vencedor. Podem conversar com o Flamengo, desde que não seja a Lagardère. O Flamengo não confia na Largardère, não precisamos explicar o motivo. Se você não confia numa mulher, não fica com ela. Se você não confia num mestre de obras, não faz obra com ele - comentou.
Ainda sobrou uma alfinetada do presidente do Flamengo no Botafogo, que, desde a briga no lado de fora do Nilton Santos, não quer torcedores do Flamengo no Engenhão.
- Temos a contradição que ter um estádio construído com o dinheiro dos contribuintes e uma parte deles, torcedores do Flamengo, estão impedidos de entrar. Sob a gestão do Flamengo, isso não vai acontecer no Maracanã. Botafogo, Vasco, Fluminense e Seleção vão poder jogar. Não queremos brigar com ninguém - finalizou.