Jorge Sampaoli gesticulando durante atividade do Flamengo (Foto: Gilvan de Souza /CRF)
Vices, frustrações, desempenho ruim... A partir desta quarta, o Flamengo quer buscar um recomeço em 2023 sob o comando de Jorge Sampaoli. A estreia do argentino não poderia ter um cenário melhor: uma noite de Libertadores, no Maracanã. Por mais que o trabalho com o grupo tenha sido curto - só dois dias de treinos -, a partida contra o Ñublense é vista como possível virada de chave.
Atual campeão, o Flamengo perdeu na estreia do Grupo A para o Aucas, em Quito, e agora encara um segundo clube estreante em Libertadores. A pressão será grande por um bom desempenho e, principalmente, pela vitória no Maracanã, que colocará o time de novo no caminho da classificação na chave que ainda conta com o Racing, da Argentina. Veja a classificação completa do grupo aqui.
O DESEMPENHO DE SAMPAOLI NAS COPAS
Presente nas últimas sete edições, finalista três vezes e bicampeão, o elenco do Flamengo está acostumado à Copa. Não é o caso de Jorge Sampaoli, por outro lado. O técnico participou duas vezes da Libertadores. Em 2010, parou na fase de grupos com o Emelec. Em 2012, chegou às semis com a Universidad de Chile, e caiu para o Boca Juniors. Além disso, em 2007, caiu para o América (MEX) na fase preliminar com o Sporting Cristal (PER), ou seja, não chegou na fase de grupos. O argentino tem a oportunidade de buscar a Glória Eterna após 11 anos.
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Foi justamente no comando da La U que Sampaoli ganhou destaque internacional. Com um futebol envolvente, os chilenos foram campeões da Copa Sul-Americana em 2011, em campanha histórica que, inclusive, contou com classificação sobre o Fla por 5 a 0 no placar agregado nas oitavas de final (com direito a 4 a 0 em pleno Rio de Janeiro).
O sucesso na La U levou Sampaoli ao comando da seleção chilena, onde também fez história ao ser campeão da Copa América de 2015. Arturo Vidal, hoje no clube carioca, fazia parte do elenco da La Roja.
Os trabalhos mais recentes, contudo, não foram tão positivos nos torneios eliminatórios. No Atlético-MG, Sampaoli só dirigiu jogos do Brasileirão e do Mineiro - sendo campeão estadual de 2020. No Santos, resultados frustrantes ao longo de 2019, com quedas precoces nas oitavas da Copa do Brasil, contra o Galo, e na primeira fase da Sul-Americana, diante do River Plate, do Uruguai.
No Sevilla, último trabalho antes do Fla, Sampaoli assumiu o time espanhol na terceira rodada do Grupo G da Liga dos Campeões e não conseguiu avançar no torneio. O clube foi para a Liga Europa e, após superar o PSV em fase intermediária, caiu para o Fenerbahce de Jorge Jesus nas oitavas.
Em 2021/22, no Olympique Marseille, Sampaoli não foi bem: caiu na fase de grupos da Liga Europa, com uma vitória, um empate e quatro derrotas em grupo com o Galatasaray, Lazio e Lokomotiv Moscow. Depois, na Conference League, foi até semifinal, quando o time perdeu para o Feyernoord.
A qualidade do elenco do Flamengo, que o fez desejar assumir o clube, é o mesmo fator que pode levar o treinador aos títulos na temporada, começando pela disputa da Libertadores nesta quarta.
