O Flamengo visita o Bahia nesta quarta-feira (28), pela Copa do Brasil, em um jogo repleto de nuances negativas que trazem dores - literais e figuradas - a todos os envolvidos de vermelho e preto. Torcedores, jogadores, treinador e diretoria passam por um momento turbulento, apesar de vitorioso.
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O duelo com o Tricolor Baiano não será fácil. Do outro lado, há uma equipe bem treinada por Rogério Ceni, que mostra padrão de jogo definido e qualidade elevada dentro do que se propõe a fazer. Por isso, é ideal que o Rubro-Negro faça seu melhor em Salvador para encarar um duelo menos incômodo no Maracanã em duas semanas. Mas e quando este "melhor" não está disponível em nenhuma das esferas?
A começar pelo treinador. Tite passou por um problema no coração (arritmia cardíaca) após o duelo contra o Bolívar, na altitude de La Paz. O comandante foi internado, recebeu alta no sábado (24), mas repousou contra o Bragantino, pelo Brasileirão, e retorna à beira do gramado contra o Bahia depois de ver seu filho, Matheus Bachi, conduzir o time ao triunfo sobre o Massa Bruta.
Em recuperação, o experiente técnico não conta com sete atletas. Pedro, Gabigol e Arrascaeta lidam com lesões musculares, e trabalham para retornar antes do jogo da volta; Viña e Cebolinha, no DM, só atuam em 2025. Allan está suspenso e não viaja; Victor Hugo, em negociações avançadas com o Southampton-ING, fica no Rio de Janeiro e completa a lista de desfalques.
A demora da diretoria para correr atrás de reforços, o que jogou a torcida de vez contra a gestão de Marcos Braz, Bruno Spindel e Rodolfo Landim, também prejudicará a formação. Michael, tendo feito apenas um jogo (avaliado positivamente), deve ser banco por opção de Tite; Alex Sandro, anunciado na segunda-feira (26), ainda não está inscrito, forçando novamente a presença de um sobrecarregado Ayrton Lucas na lateral-esquerda.
Por fim, a confiança do torcedor. Crucial em muitos momentos, a Nação Rubro-Negra está longe de passar por um momento de amores com tudo o que cerca o Flamengo. Insatisfações com resultados, atuações burocráticas, ausência de contratações e um time cansado são fatores que, inevitavelmente, levaram o aficionado carioca a um senso maior de tensão e nervosismo para jogos grandes. Foi assim nas oitavas, contra o Palmeiras; foi assim na Libertadores, contra o Bolívar; tem sido assim em quase todo jogo no Brasileirão.
Diante de todos estes fatores, é necessário entender a natureza do confronto com os baianos. Ceni deve colocar o que tem de melhor na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, e o Bahia entra não como favorito, mas com chances elevadas de conseguir um bom resultado.
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O Flamengo, por isso, precisa jogar pensando em sobreviver. A perna pesada de um calendário inflado, os desfalques importantes e um adversário que vem encantando. É crucial não se arriscar demais em Salvador, para não descer o mapa com desvantagem no placar.
Nos últimos anos, o Rubro-Negro deu a impressão de ter aprendido a jogar as copas. O fator casa é sempre um incômodo aos oponentes, já que o torcedor faz o Maracanã pulsar em jogos grandes. Desta vez, não será diferente: respirar fora de casa para transformar o Rio de Janeiro em trunfo novamente.
A bola rola para Flamengo e Bahia nesta quarta-feira (28) às 21h30 (horário de Brasília). A volta das quartas de final, por sua vez, acontecerá em duas semanas, no dia 12 de setembro, após a Data Fifa. Quem passar enfrenta o vencedor de Corinthians x Juventude.