O Flamengo vive seu pior momento na temporada. Neste domingo, a equipe de Vítor Pereira perdeu mais uma, dessa vez para o Vasco, e terá que disputar o título da Taça Guanabara com o Fluminense, na quarta-feira. E são justamente as diferenças no planejamento da dupla Fla-Flu que podem explicar o período de baixa do Rubro-Negro.
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No início deste ano, as diretorias de Flamengo e Fluminense fizeram escolhas muito diferentes. Enquanto Rodolfo Landim, Marcos Braz e Bruno Spindel miraram alto e contrataram Vítor Pereira, após passagem pelo Corinthians, Mário Bittencourt e sua turma confiaram no trabalho de Diniz. Os caminhos ditam o ritmo dos clubes neste início de temporada.
DEMISSÃO DE DORIVAL E FRACASSOS DE VÍTOR PEREIRA
A escolha por não renovar com Dorival Júnior ainda não foi totalmente esclarecida pela diretoria do Flamengo, mas seus resultados vem sendo mostrados a cada semana. O treinador tinha um trabalho consolidado no clube e havia conquistado a Copa do Brasil e a Libertadores no fim de 2022. Mesmo com os títulos, a decisão parece ter sido de buscar um teto maior com a chegada de Vítor Pereira, mas, por enquanto, o tiro saiu pela culatra.
O Rubro-Negro fracassou em três competições, Supercopa do Brasil, Mundial de Clubes e Recopa Sul-Americana, e pode acumular mais um revés decisivo justamente contra um rival que escolheu outro caminho. A diretoria do Fluminense bancou Fernando Diniz mesmo sem títulos, e a continuidade do trabalho está fazendo a diferença.
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Após início instável, o Tricolor das Laranjeiras engrenou nos últimos jogos e vive seu melhor momento na temporada. Com Diniz, Ganso, Cano e Jhon Árias seguem jogando muito bem, e a defesa do Fluminense está cada vez mais consolidada. Os momentos distintos entre os clubes passam muito pelas decisões dos cartolas.
POSTURA NO MERCADO
Os objetivos de Flamengo e Fluminense também destoaram no mercado de transferências. A diferença entre os elencos é clara, já que o Rubro-Negro investiu pesado nos últimos anos, mas não foi o caso em 2023. Até o momento, o Clube da Gávea trouxe dois jogadores: o volante Gerson e o goleiro Rossi. O arqueiro, no entanto, ainda não vestiu a camisa por conta de questões contratuais com o Boca Juniors.
A decisão de manter a base campeã da Libertadores e da Copa do Brasil premiou os jogadores, mas causou incômodos em Vítor Pereira. O português pediu a contratação de um volante e de um atacante de velocidade, sem sucesso. O Fluminense, por sua vez, oxigenou o elenco e deu peças interessantes para Fernando Diniz trabalhar.
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Ao todo, o Tricolor realizou dez contratações, entre grandes nomes e jogadores para compor o elenco. São elas: Lelê, Gabriel Pirani, Marcelo, Jorge, Guga, Vitor Mendes, Vitor Eudes, Lima, Keno e Giovanni Manson. Os fatores só corroboram para que mais críticas sejam direcionadas ao departamento de futebol do Flamengo, composto por Braz e Spindel, os principais alvos da torcida.
Até o clássico diante do Vasco, no entanto, as críticas não vinham sendo externadas no Maracanã, tendo as redes sociais como seu maior palco. No vice-campeonato da Recopa Sul-Americana, por exemplo, o Rubro-Negro deixou o gramado sob o silêncio de mais de 70 mil torcedores no estádio. Contra o Cruz-maltino, no entanto, vaias e xingamentos tomaram o local.
Flamengo e Fluminense decidem a Taça Guanabara nesta quarta-feira, às 21h10 (de Brasília), no Maracanã. O Rubro-Negro é líder com 23 pontos e depende apenas do empate para ser campeão, enquanto o Tricolor tem 22 e precisa da vitória para conquistar o título.