A pior atuação do Flamengo sob o comando do técnico Dorival Júnior. Foi assim que o próprio treinador classificou a apresentação do time rubro-negro no clássico com o Botafogo. A consistência e segurança que o time vinha mostrando nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro não deram nem sombra no Nilton Santos, na noite do último sábado, e o que se viu foi um time apático e sem poder de reação.
O setor defensivo, que não tomou gols em quatro dos últimos sete jogos, cometeu cochilos em diversos momentos. Em um deles, no lance que gerou o primeiro gol do Botafogo, quando Erik, em jogada de velocidade, saiu na cara de César.
A transição defesa/ataque falhou bastante. Este aspecto, que tinha demonstrado evolução com a entrada de Arão na equipe titular, foi justamente um dos pontos onde se teve uma queda maior de rendimento, com muitos espaços e pouca chegadas incisivas.
Para não dizer que não se falou de flores, um lado bom foram as (poucas) saídas ao setor ofensivo pelo lado direito, onde Pará conseguiu tabelas e até levar certo perigo ao gol do Botafogo. Foi em uma dessas jogadas, após trocar passe com Paquetá, que o lateral cruzou e Vitinho, de cabeça, conseguiu fazer o gol de honra do Flamengo no clássico.
Outro lado que se pode destacar foi que, logo no começo do segundo tempo, quando o Flamengo se mostrou melhor, conseguiu e gol e pressionou pelo empate, Vitinho esteve bem. Além de balançar a rede, ainda carimbou o travessão e criou boas jogadas.
Este foi o primeiro baque de Dorival à frente do Flamengo, mas a verdade é que não há tempo para lamentações. Restam poucas rodadas para o fim do Brasileiro e é preciso voltar ao eixo o mais rapidamente possível para enfrentar o Santos, na quinta-feira.