O início da temporada do Flamengo foi marcada pelo alto investimento em Rodrigo Caio, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabriel Barbosa, reforços que qualificaram ainda mais o elenco rubro-negro. Nos últimos dias, a diretoria anunciou a chegada de Jorge Jesus e confirmou a contratação do lateral-direito Rafinha, ex-Bayern de Munique. O técnico, apresentado nesta segunda-feira, falou estar em sintonia com a direção, afirmando que, nas tratativas que teve com os dirigentes, solicitou "mais uma ou duas peças" para fechar o elenco.
- Quando fui abordado, conversamos, já havia posições que achavam importante contratar e, portanto, concordei. Acrescentei mais uma ou duas. Estamos em sintonia. Sinto nas pessoas que estão aqui uma vontade e uma paixão muito grande pelo clube e em ajudar o treinador - avaliou o treinador.
'Vejo jogos do futebol brasileiro em casa. Eu via todos jogos, sem saber que treinaria o Flamengo. Quando soube da possibilidade, fui conhecer melhor o elenco. Não conheço tão bem como o Marcelo, mas vou conhecer', disse Jesus.
Jorge Jesus iniciará o trabalho junto ao elenco do Flamengo no próximo dia 20, quando os jogadores se reapresentarão no Ninho do Urubu após o recesso para a disputa da Copa América. O contrato do técnico é de um ano de duração. Ou seja, terminará na metade da próxima temporada. O treinador explicou a decisão, ressaltando a questão da adaptação ao novo país e futebol.
- Eu normalmente faço isso, não foi por ser o Flamengo. Sai do meu país. No outro clube queriam quatro anos, mas também fiz assim. Temos que levar em conta a adaptação. Se gostarem do meu trabalho, se cumprirmos as exigências e houver os resultados, conversaremos para renovar. Ninguém fica pendente com ninguém, por isso a decisão por um ano de contrato - afirmou.
Jorge Jesus também foi questionado sobre o relacionamento com o estrelado elenco do Flamengo, o qual, em episódios recentes, mostrou-se paternalista. Foi assim, por exemplo, na passagem de Abel Braga pela Gávea neste ano. O português disse que isso não deverá ser um problema, uma vez que está acostumado a trabalhar com brasileiros e grandes estrelas do cenário mundial.
- Trabalhar com jogadores diferenciados, já com patamar alto na carreira, grandes jogadores, isso é algo que estou acostumado. Já trabalhei com grandes. Se for contar, não teremos mãos para contar. Os melhores do mundo.