“Por que não voltar o futebol? Só porque a curva da pandemia está ascendente?” Acredite: esta frase foi dita pelo presidente do clube de maior torcida no País, em entrevista ao Fox Sports. Rodolfo Landim, mais uma vez, deixou claro que coloca o Flamengo à frente de uma questão humanitária, ainda mais no Brasil, onde o novo coronavírus ainda está muito distante de qualquer controle.
Sem consenso entre seus pares - Botafogo e Fluminense vêm reiterando posições contrárias -, o dirigente insiste pela retomada das atividades e o recomeço do campeonato estadual. A pressão é tão grande pela volta que o clube fez até mesmo treinos “clandestinos” na semana passada, sem autorização da prefeitura.
Em uma nota com tom bastante populista, Landim reclamou do que chamou de intolerância política e defendeu que a nação rubro-negra é plural. Entretanto, cobrar pelo retorno, ainda que sob rígidos protocolos de segurança e saúde, não faz sentido no momento que o próprio Rio de Janeiro é a segunda capital mais atingida pela Covid-19, ainda mais para acelerar a conclusão de um torneio hoje de pouco valor dentro do calendário.
Sim, o Flamengo é mais do que um clube, mas o futebol não é maior que a vida. Os impactos financeiros são inevitáveis, então o foco agora é combater a doença até que a sociedade como um todo possa se sentir segura de novamente colocar o pé para fora de casa.
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