LANCE! na Jogada: ‘Quem vai competir com o Flamengo? A diferença é enorme’, diz especialista

Em entrevista ao L!, Amir Sommogi entende que processo adotado pelo Flamengo deve servir de modelo para os demais clubes do Brasil e vê abismo para os rivais regionais

imagem cameraFlamengo já conquistou títulos na atual temporada (Foto: Alexandre Vidal / Flamengo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 14/05/2020
11:01
Atualizado em 15/05/2020
09:26
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Convidado do "LANCE! na Jogada", o especialista em marketing e gestão esportiva Amir Sommogi avalia poderio econômico do Flamengo frente aos principais rivais do Rio de Janeiro e do Brasil. A receita de R$ 950 milhões, como publicado no balanço financeiro, assim como os mais de R$ 600 milhões investidos no futebol em 2019, mostram que o clube está em "outro patamar".

- O dado mais impactante, até mais do que a receita, é o poderio econômico do Flamengo em termos de gastos com futebol. Foi o maior do Brasil, gastou R$ 618 milhões com futebol (na última temporada). Você olha os clubes rivais, o Fluminense, por exemplo, gastou R$ 147 milhões. O Vasco, R$ 128 milhões. O Botafogo, R$ 114 milhões. Como que o Flamengo competirá de igual para igual com o Botafogo se gasta cinco vezes e meia a mais? - avaliou Amir Sommogi.

'O termo "outro patamar" está se configurando em números. Antes era muito no discurso da torcida. Quem vai competir com esse superclube em termo de orçamento? Vimos isso acontecer na Europa e está acontecendo no Brasil. A diferença é enorme', afirma Amir Sommogi.

Na entrevista ao LANCE! - confira, na íntegra, o vídeo abaixo -, Sommogi ressalta o processo de reestruturação econômica e financeira pela qual o Flamengo passou desde 2013 para alcançar o atual status. Para o especialista, o clube será impactado pela crise causada pela pandemia do coronavírus, como já vem acontecendo, mas o quadro aponta que o Flamengo sairá ainda forte e com as finanças sólidas deste cenário.

- A relação dívida-receita (do Flamengo) é muito baixa. A situação é muito confortável. É um clube que gasta demais e, na hora que se fala em crise da COVID-19, o clube sofre, como estamos vendo, mas, indiscutivelmente, sairá da crise com sua pujança financeira. Pode ser campeão, tem capacidade de vender jogadores, que é impressionante o que o Flamengo faz (...). É uma gestão sólida e que tem que servir de modelo para os demais clubes - afirmou Amir Somoggi ao LANCE!.

A crise da COVID-19, de fato, impactou o Flamengo, que demitiu cerca de 60 funcionários e entrou em acordo com demais colaboradores, inclusive jogadores do elenco profissional, para redução dos salários por dois meses.

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