Em seus mais de 20 anos de carreira, Juan jogou ao lado de muitos craques. Mas, ao lembrar das atuações do camisa 4 pela Seleção Brasileira, é inevitável lembrar do miolo de zaga formado por ele e Lúcio, com quem também atuou no Bayer Leverkusen. Foi no clube alemão que os dois se conheceram e, a partir daquela época, construíram uma amizade que dura até os dias de hoje.
Ao LANCE!, Lúcio - vice-campeão estadual pelo Brasiliense neste ano, aos 40 anos - relembrou os momentos vividos ao lado do companheiro. Neste sábado, no Maracanã, Juan fará seu último jogo pelo Fla antes de encerrar a carreira. O zagueiro está relacionado e será homenageado pela Nação diante do Cruzeiro.
- Essa parceria começou quando ele veio jogar no Bayer Leverkusen. Jogamos juntos na Alemanha e criamos um entrosamento muito bom dentro e fora de campo. A convivência entre as nossas famílias. Tive o privilégio de jogar ao lado dele, um cara simples, correto e muito humilde. Além disto, tivemos momentos marcantes também na Seleção Brasileira - disse Lúcio, que atuou nas Copas de 2006 e 2010 ao lado de Juan, tendo já conquistado o penta mundial em 2002.
Em entrevistas, Juan já citou Lúcio como seu grande parceiro, também destacando nomes com quem atuou no Fla, como Gamarra e Júnior Baiano.
Juntos, Juan e Lúcio conquistaram as Copas das Confederações de 2005 e 2009.
Em campo, Juan ficou marcado pela técnica e pelo jogo limpo. Por outro lado, Lúcio tinha um estilo de jogo de maior imposição física. A combinação entre os estilos foi um dos motivos de sucesso da dupla, que atuou junta mais de 80 vezes entre partidas do Bayer Leverkusen, da Alemanha, e Seleção Brasileira.
- A gente se completava. Ele sempre foi muito técnico, ótimo posicionamento em campo e bom passe, isso facilitava. Eu já sou um jogador de força, de contato, então, era uma dupla que se completava. Foi um parceria de muito sucesso - afirmou Lúcio, antes de lembrar de jogos marcantes ao lado de Juan:
- Foram várias partidas memoráveis, difícil lembrar só de uma. Tivemos momentos marcantes no Leverkusen, sobretudo nos clássicos contra o Bayern de Munique. Segurávamos o ataque deles. Pelo Brasil, conquistamos a Copa das Confederações, em 2009. Ficamos marcados por formar uma defesa sólida.