Mário Jorge relembra título pelo Flamengo e analisa trabalho na Arábia Saudita
Treinador da seleção sub-17 da Arábia Saudita teve passagem vitoriosa no Rubro-Negro
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Mário Jorge, técnico de 46 anos, teve um 2024 para lá de especial. O ano do treinador, que teve nos primeiros meses a conquista da Libertadores Sub-20 pelo Flamengo, termina com um momento especial na Arábia Saudita, comandando a seleção local sub17. Em entrevista ao Lance!, Mário relembrou a trajetória que ficará marcada em sua memória.
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Para o treinador, a conquista do torneio internacional pelo Rubro-Negro foi, sem dúvida, o momento mais especial de sua carreira. Entretanto, ele fez questão de compartilhar o mérito da conquista com os seus ex-companheiros.
- O momento mais especial, a consolidação de um trabalho longevo, feito a muitas mãos, muita gente ajudou. Não tenho a menor pretensão em falar que todo o trabalho foi feito pelo Mário Jorge, pelo contrário, tinha muita gente trabalhando ali. A Libertadores é uma conquista muito especial, um dia muito marcante para mim no Flamengo. Por ser inédito para o clube e por ter dado a oportunidade dos meninos jogarem o Intercontinental, chamado de Campeonato Mundial da categoria. Para mim foi muito especial - disse Mário Jorge.
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Proposta para trabalhar com a seleção saudita
Posteriormente ao título, o Flamengo iria disputar o Mundial de Clubes da categoria. No entanto, foi no meio do caminho que apareceu a oportunidade de Mário Jorge treinar a seleção sub-17 da Arábia Saudita. Ele revelou como foi o processo de decisão para o novo desafio.
- No meio desse caminho entre a Libertadores e o Mundial, surgiu essa oportunidade única, oportunidade de classificar um país que está há 36 anos sem ir para uma Copa do Mundo, e a gente tem uma chance real de colocar a seleção, porque as próximas cinco Copas do Mundo vão acontecer aqui no Catar: 2025, 2026, 2027, 2028 e 2029. Um país aqui do lado. Somos a sede da Ásia Cup desse ano. Estamos nos preparando muito para esse momento. Está sendo um sonho para mim - explicou.
Saudade da torcida do Flamengo
No Flamengo desde 2013, Mário Jorge criou um carinho afetivo com a torcida rubro-negra. Durante o bate-papo com o Lance!, o treinador enalteceu a força da torcida e revelou estar sentindo saudades do carinho dos flamenguistas.
- Muita coisa (saudades). Eu sei que agradar toda a torcida do Flamengo é praticamente impossível. Mas, se por um lado tinham pessoas que não acreditavam no meu trabalho, tinham outras que adoravam o meu trabalho. Sinto saudade, é uma coisa que a gente não encontra em qualquer lugar. A torcida do Flamengo é muito especial, uma coisa muito diferente do que a gente está acostumado a ver no futebol. Sinto saudade do Flamengo e da torcida - afirmou.
Confira outras respostas de Mário Jorge
Adaptação ao país
Mário Jorge: Estou extremamente adaptado. Acho que no começo tive muita dificuldade com relação ao fuso. Tenho dificuldade em viagens, de dormir tanto em ônibus quanto avião. Acabou gerando um pouco de transtorno no começo. Eu trocava o dia pela noite. Mas, fiz tudo aquilo para se adaptar mais rápido. Trouxe feijão, farofa. Algumas coisas que a gente não tinha e sabia que não teria facilidade de arrumar aqui, principalmente com relação a comida.
Estrutura do futebol local
Mário Jorge: Com relação ao trabalho em si, é um pouco diferente, né? A gente tem uma uma condição técnica um pouco inferior com relação aquilo que tinha no Brasil, mas é um processo. Acho que é um processo que o país está tentando se desenvolver, tá tentando investir novamente e tentando crescer como liga de futebol.
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Desenvolvimento visando a Copa do Mundo 2034
Mário Jorge: Acho que nos próximos anos a coisa tem de melhorar. Tem um objetivo de ficar entre as cinco maiores ligas do mundo. Começar a fazer um desenvolvimento no futebol de base, visando a Copa do Mundo de 2034. Meu projeto em si são atletas que vão se tornar sub-17. Daqui a 10 anos esses atletas terão uma idade ótima para participar da seleção na Copa do Mundo aqui na Arábia Saudita. Então, é um projeto de plano de inicial de 10 anos para que essa atletas cheguem numa condição melhor.
Diferença entre os jovens da Arábia Saudita e do Brasil
Mário Jorge: Os jogadores brasileiros são inseridos nas questões competitivas mais cedo, né? Aqui eles têm muito projeto de academia, e não competem muito. Fazem muitos jogos na parte regional. A coisa fica maior a partir do sub-15. Em geral, eles são mais técnicos. Isso me surpreendeu bastante, uma relativa técnica para o jogo. O que me chamou mais a atenção foi a questão competitiva, um pouco inferior com relação aquilo que tem no Brasil. Mas, no contexto geral, são jogadores técnicos.
Principais objetivos profissionais
Mário Jorge: Tenho mais dois objetivos na minha vida: jogar a Copa do Mundo e a Olimpíada. E aí, quem sabe, migrar para o futebol profissional. Se houver essa possibilidade antes de tudo isso acontecer, que seja uma movimentação feita com muita tranquilidade, com uma escolha bem feita.
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