A suspensão do atacante Gabigol, do Flamengo, gerou grande repercussão no noticiário esportivo brasileiro nesta semana. O jogador foi punido com dois anos de gancho por tentativa de fraude em um exame antidoping realizado em abril de 2023, no Ninho do Urubu, local de treinamento da equipe carioca.
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A Dra. Flávia Magalhães, médica que trabalhou como oficial do controle de doping na Copa América de 2019 e nos Jogos Olímpicos de 2016, falou que o atleta profissional é responsável por seguir as normas de conduta da Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem, que regulamenta o controle do doping no Brasil seguindo orientações da WADA.
- O controle do doping é gerenciado pela ABCD desde 2014 e as regras são claras: o atleta é responsável não só pelo uso de qualquer substância, como também pelo desvio de condutas. Ele deve sempre zelar pela sua imagem e o que ele representa para todos que o acompanham - afirmou a médica.
Outro ponto abordado pela médica diz respeito à instrução dos atletas e dos demais profissionais que estão envolvidos no esporte.
- Na questão do doping, a educação é um fator primordial. O atleta precisa estar ciente das regras, não só sobre as substâncias que são proibidas, mas também sobre o comportamento que é esperado dele no momento da testagem - acrescentou.
Flávia destaca ainda que julgar um atleta renomado, como é o caso de Gabigol, é sempre uma tarefa das mais complicadas.
- É um desafio gigantesco tentar trazer a justiça, o jogo limpo e o respeito ao próximo em um cenário passional, público e que envolve uma multidão atrás e um ídolo. Por isso, o parecer precisa ser o mais técnico possível, obedecendo aquilo que diz a legislação - ressaltou.
A equipe de advogados que representa o atacante do Flamengo já avisou que vai entrar com recurso na Corte Arbitral do Esporte, na Suíça, o que ainda não tem prazo para acontecer. Enquanto isso, o atleta está impossibilitado até de treinar com os companheiros.