Médico do Flamengo, Tannure fala das chances de Rodrigo Caio e Pedro voltarem na decisão de terça
Márcio Tannure, chefe do departamento médico do Rubro-Negro, também respondeu a respeito de Thiago Maia e mudanças no setor de saúde e alto rendimento do clube
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A dura sequência de jogos de 2020 vem culminando em contratempos para os clubes brasileiros, e, no Flamengo, não é diferente. Além do surto de Covid-19 quando a equipe ainda era treinada por Domènet Torrent, há diversas lesões que estão afetando a evolução do time hoje comandado por Rogério Ceni. E, nesta sexta-feira, Márcio Tannure, chefe do departamento médico do clube, concedeu entrevista coletiva e esclareceu dúvidas quanto a atletas no DM.
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Tannure respondeu as primeiras perguntas voltadas para lesões de atletas importantes, como Rodrigo Caio e Pedro, por exemplo, que estão perto de um retorno. E o médico ainda falou diretamente das chances que o zagueiro tem de voltar nesta terça, no jogo de volta contra o Racing, pelas oitavas de final da Libertadores.
- Existe chances (de jogar nesta terça). Vamos fazer todo esforço para que ele esteja em campo. É muito bom que se ressalte que são lesões diferentes. Ele foi para a Seleção e voltou com lesão. Nós tratamos. Quando já estava voltando, por questão de fatalidade, teve outra lesão. Mas uma não tem nada a ver com a outra. E estamos tratando.
Tannure também deu uma resposta diretamente acerca de Pedro, comentando que o centroavante, mais um que está em fase de transição, pode voltar para o decisivo confronto diante do argentinos.
- Ele (Pedro) teve uma lesão grau 2, não é leve. Muitas das recuperações eu vejo pessoas questionando que está demorando muito, além do prazo. Mas nós nem passamos o prazo. Como que pode estar passando do prazo se nem fomos nós que demos esse prazo? Mas esperamos que ele esteja pronto para terça - falou, emendando a respeito de contratempos vividos por atletas em suas respectivas seleções:
- É um ano completamente atípico. Dessas lesões, Rodrigo Caio se lesionou na Seleção. Pedro se lesionou na Seleção. Arrascaeta se lesionou na seleção. Gabriel entorse no tornozelo, uma lesão traumática. Infelizmente a gente tem que responder por algo que a gente não controla. Mas não tenho dúvida de que o Flamengo preza pela excelência. A diretoria me cobra e me dá suporte para que eu ofereça isso. Isso é um dos motivos por termos feito algumas mudanças. Eu particularmente não estava satisfeito, a gente fez essas mudanças para chegar no nível de excelência. Não tenho menor dúvida estamos chegando nisso de novo para se acertar. E vamos ser lembrados de novo como em 2019.
Tannure falou sobre a reformulação que o setor de saúde e alto rendimento do clube passou nos últimos meses, como a contratação do fisioterapeuta Diego Paiva e o preparador físico Rafael Winicki após saídas.
- O clube tem uma metodologia própria. Mas estamos sempre nos adaptando ao treinador que chega. Houve resultado bom com o Jesus e com o Ceni vamos chegar nesse nível. A reformulação a gente realizou por não estar satisfeito. Em algum momentos eles têm que começar a trabalhar com futebol. E começaram a trabalhar no Flamengo. A experiência é importante, mas a capacidade técnica é o que vale. Outros que vieram nunca trabalharam também.
SITUAÇÃO DE THIAGO MAIA
Outro assunto abordado foi a respeito de Thiago Maia, que está com uma lesão ligamentar no joelho esquerdo e ainda será reavaliado por profissionais enviados pelo Lille, clube que emprestou o volante até meados de 2021.
- Thiago Maia pertence ao Lille. Como é uma lesão complexa, o Lille, com toda razão, e eu faria o mesmo se isso ocorresse com um jogador emprestado pelo Flamengo, gostaria de avaliá-lo para que possa confirmar o diagnóstico Tivemos dificuldades para o médico do Lile vir para cá. Vem um consultor médico da Argentina. Ele chega no domingo, e vamos avaliar o jogador juntos e decidir as possíveis condutas para o Thiago Maia.
> Confira a tabela da Libertadores
Com a possibilidade considerável de contar com Rodrigo Caio e Pedro novamente, o Flamengo recebe o Racing nesta terça-feira, às 21h30, no Maracanã. Como o primeiro jogo terminou em 1 a 1, o time de Rogério Ceni avança às quartas caso haja empate sem gols.
Confira outros trechos da entrevista coletiva de Márcio Tannure:
O peso da Covid-19
- Não tenho menor dúvida não só a Covid, mas outros fatores vem contribuindo para isso (número de lesões). Vale lembrar que o Flamengo é o time que mais jogou no ano, porque teve uma Recopa e uma Supercopa. É um ano completamente atípico. Dessas lesões, Rodrigo Caio se lesionou na Seleção. Pedro se lesionou na Seleção. Arrascaeta se lesionou na Seleção. Gabriel entorse no tornozelo, uma lesão traumática. Infelizmente a gente tem que responder por algo que a gente não controla.
Busca pela 'excelência' e mudanças
- Mas não tenho dúvida de que o Flamengo preza pela excelência. A diretoria me cobra e me dá suporte para que eu ofereça isso. Isso é um dos motivos por termos feito algumas mudanças. Eu particularmente não estava satisfeito, a gente fez essas mudanças para chegar no nível de excelência. Não tenho menor dúvida estamos chegando nisso de novo para se acertar. E vamos ser lembrados de novo como em 2019.
Critérios para contratações no DM
- Critérios foram os mesmos que eu utilizei para contratar funcionários que já estavam aqui. Com a saída dos profissionais, a gente entendeu que precisava ajustar algumas coisas. Como é sabido, eu não estava satisfeito. Mas tudo aconteceu de maneira natural. Os outros cumpriram seu ciclo aqui, e a gente iniciou um novo ciclo com critérios parecidos.
- Primeiro de tudo, o clube tem uma metodologia própria, mas sempre time desafio de encaixar sua metodologia com quem está chegando. Estamos sempre nos adaptando, quando consegue esse entendimento dá para ter um resultado muito bom, como foi com Jesus e como está sendo com Ceni. A questão de trazer profissionais que nunca trabalharam com futebol: em algum momento eles têm que começar. Óbvio que experiência com futebol é importante, mas a capacidade técnica é superior
Protocolo para evitar a Covid-19
- O protocolo é seguro, eu particularmente acho que só estamos tendo isso porque fazemos testagens em massa e tomamos todos os cuidados. Ali não tinha muita alternativa, assumimos um risco e não tinha outra escolha. O futebol apesar de tudo tem dado exemplo. A gente simplesmente decidiu enfrentar essa pandemia. Óbvio que não existe protocolo 100% seguro, não é uma vacina. É pra quê? Para que diminua o risco e tenha as soluções para se algo acontecer.
Chegada do preparador físico Rafael Winicki
- Na verdade, a gente perdeu alguns profissionais aqui no clube em 2018. Essas mudanças já vinham sendo estudadas por nós para ver quem viria. A gente achou que teria necessidade de um trabalho individualizado e, no momento, só estávamos com um profissional da educação física, que era o Betinho. E achamos por bem contratar mais um para fazer esse trabalho.
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