O Ministério Público planeja denunciar Bruno Henrique, do Flamengo, nas próximas semanas, depois de ser indiciado pela Polícia Federal por supostamente ter forçado um cartão amarelo na partida contra o Santos, válida pelo Brasileirão 2023. A informação foi primeiramente publicada pelo "Ge".
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Nesta semana, a PF apresentou à Justiça um relatório de 84 páginas indiciando o jogador e mais nove pessoas envolvida no esquema de apostas, entre elas, três familiares do atacante.
A expectativa é que a denúncia seja oferecida até o fim de abril, ou começo de maio, para que a Justiça do Distrito Federal decida se o atleta se torná réu. A partida investigada teria acontecido em Brasília, no estádio Mané Garrincha, no duelo entre Flamengo e Santos pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro 2023.
Na última terça-feira (15), o Flamengo se pronunciou sobre o caso e revelou ainda não ter sido informado por qualquer autoridade público. Após a divulgação da notícia, a assessoria do jogador garantiu que o mesmo não irá se posicionar. Sendo assim, o atleta segue à disposição do clube até nova ordem.
Veja o comunicado do Flamengo
O Flamengo não foi comunicado oficialmente por qualquer autoridade pública acerca dos fatos que vêm sendo noticiados pela imprensa sobre o atleta Bruno Henrique.
O Clube tem compromisso com o cumprimento das regras de fair play desportivo, mas defende, por igual, a aplicação do princípio constitucional da presunção de inocência e o devido processo legal, com ênfase no contraditório e na ampla defesa, valores que sustentam o estado democrático de direito.
Entenda o caso
Investigadores encontraram no celular do irmão de Bruno Henrique, Wander Nunes Pinto Júnior, troca de mensagens que comprometeriam o atleta, o colocando diretamente ligado ao suposto esquema de apostas. O rubro-negro foi indiciado por estelionato e fraude em competição esportiva.
As investigações começaram em agosto do ano passado. O jogo entre Flamengo e Santos foi pela 31ª primeira rodada do Brasileirão, em Brasília, no dia 1° de novembro de 2023. No total, quase quatro mil mensagens no Whatsapp de Bruno Henrique foram analisadas. Muitas delas, aliás, teriam sido apagadas.
Além dos três familiares de Bruno Henrique, outras seis pessoas (apostadores) também estão envolvidas. São eles: Claudinei Vitor Mosquete Bassan, Rafaela Cristina Elias Bassan, Henrique Mosquete do Nascimento, Andryl Sales Nascimento dos Reis, Max Evangelista Amorim e Douglas Ribeiro Pina Barcelos.
Em novembro do ano passado, mais de 50 policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vespasiano (MG), Lagoa Santa (MG) e Ribeirão das Neves (MG). O Ninhho do Urubu e a casa de Bruno Henrique foram dois desses endereços. O atacante teve o seu celular apreendido.
➡️ PF indicia Bruno Henrique, do Flamengo, por forçar amarelo e beneficiar apostadores