Mudou e não mudou nada! Flamengo segue com mesma mentalidade
A saída de Paulo César Carpegiani do comando técnico do Fla foi para dar um choque de ânimo no elenco, mesmo assim, postura, mentalidade e tática seguem iguais
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A mudança no comando técnico do Flamengo, apesar de Paulo César Carpegiani ter mais de 70% de aproveitamento no comando, foi para dar uma injeção de ânimo no time do Fla e para mudar a forma morosa de atuar, que vinha durante toda a temporada. Técnico interino ou não, Maurício Barbieri não conseguiu dar essa cara para a equipe e - além de tudo - sequer mudou a forma da equipe se comportar. Taticamente e mentalmente, o Flamengo é a mesma equipe. E isso é cada vez mais preocupante.
O QUE ACONTECE?
O Flamengo segue jogando da mesma maneira de Paulo César Carpegiani. Mantém o esquema no 4-1-4-1, com apenas um homem de referência e os meias alternando. Diante do Santa Fe, o esquema ficou ainda mais claro. Antes, Lucas Paquetá atuava como segundo volante, em revezamento com Everton Ribeiro e Diego, além de Everton no outro flanco. Agora, Barbieri assumiu o esquema. Colocou Willian Arão como segundo volante e Cuéllar segue fixo. Assim, a equipe perde em criatividade e força ofensiva. A aposta foi na velocidade, mas a altitude foi um contraponto da ideia de Barbieri.
O QUE PODE ALTERAR?
É óbvio que Everton Ribeiro não vive um grande momento. Mas faltou para o treinador arriscar durante a partida contra o Santa Fe. O Flamengo foi amplamente dominado e não teve qualquer tipo de desafogo. Se a velocidade dos jovens Lucas Paquetá e Vinícius Júnior não eram a solução, um pouco de criatividade poderia ser a aposta. Diego até que tentou, mas ficou preso à pressão de imposta pelos colombianos. Faltou ousadia para o treinador.
VALEU PELO PONTO?
O treinador entendeu que o empate não era o pior dos resultados. Tanto que só quis ir nos contra-ataques contra o rival, para tentar esboçar algum tipo de pressão. Não que o resultado seja ruim, mas pelo time que o Santa Fe colocou em campo, tecnicamente, o Flamengo tinha obrigação de fazer uma partida muito melhor. Era preciso impor o ritmo. Não ficar com a bola. A posse de bola foi do Santa Fe, algo que seria normal. Porém faltou ao Rubro-Negro aproveitar os espaços e a fragilidade dos colombianos. Ou seja, o resultado não foi tão bom quanto parece.
COMO FICA
No dia 16 de maio, o Flamengo encara o Emelec, em casa, em um jogo importantíssimo. O Fla já venceu os equatorianos fora de casa, mas em outra partida que foi sem criatividade alguma, com atuação ruim e salvou-se pelo jogo individual de Vinícius Júnior, que desequilibrou. Era Paulo César Carpegiani o treinador, mas poderia ser Barbieri. A quantidade de erros de passes e conclusões em gol não se alteram. Por isso, não é possível cravar que o Fla vai vencer o Emelec. Da forma em que vem atuando, a preocupação só aumenta.
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