Uma noite para esquecer: assim foi a quarta-feira do Flamengo, que entrou em campo para enfrentar o Fluminense como favorito, mas fez uma apresentação irreconhecível e, nos pênaltis, acabou derrotado. Agora, serão mais dois "Fla-Flus" para decidir o campeão carioca de 2020,. O clássico no Maracanã - esvaziado pela ausência de público - deixa lições para a equipe de Jorge Jesus.
Como se o próprio técnico e o experiente elenco não soubesse, o jogo desta quarta-feira confirmou que favoritismo não entra em campo, ainda mais em um clássico. Com uma atitude apática, o Flamengo teve, talvez, sua pior atuação sob o comando do Mister - que também teve uma postura diferente da habitual na área técnica. E esta já é a segunda lição: os treinadores e jogadores precisam deixar os problemas fora de campo - cabendo à direção blindá-los.
Como não houve entrevistas coletivas ao final do jogo, não se pôde ouvir do próprio Jorge Jesus sobre o interesse do Benfica, de Portugal, em contratá-lo. Marcos Braz e Rodolfo Landim, VP de futebol e presidente, evitaram o assunto.
Com a bola rolando, foi um Flamengo irreconhecível. Os líderes técnicos foram mal. Bruno Henrique, Everton Ribeiro, Arrascaeta... Todos com desempenho abaixo do normal, e, coletivamente, o time não funcionou. Nesta questão, é preciso reconhecer os méritos do Fluminense. Dentro de sua estratégia e suas limitações, o Tricolor fez uma boa partida e, com justiça, alcançou o resultado.
Nos minutos finais, com a superioridade física, o Flamengo teve o domínio do jogo. E o banco fez a diferença a favor, uma vez que Michael e Pedro entraram bem. O centroavante precisou apenas de dois minutos para balançar a rede diante do clube que o revelou, mantendo sua incrível média pelo Rubro-Negro: cinco gols em 350 minutos em campo, além de quatro assistências para gol.
Na hora do aperto, o camisa 21 vem se mostrando solução para Jorge Jesus.