Os sete pecados de Vítor Pereira: os motivos que levaram ao fim o trabalho do português no Flamengo
Derrota para o Fluminense, na final do Carioca, foi a gota d'água de uma série de situações
Vítor Pereira não trabalha mais no Flamengo. Em quatro meses de trabalho, o treinador teve 57% de aproveitamento, mas fracassou em todas as competições que disputou pelo Rubro-Negro.
Por isso, o LANCE! preparou uma análise com os sete grandes pecados de Vítor Pereira no Flamengo. Da chegada turbulenta até a atuação fraca na decisão do Carioca, o português foi minando seu próprio caminho até a demissão concretizada nesta terça-feira.
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PRIMEIRO PECADO: CHEGADA TURBULENTA
A própria chegada de Vítor Pereira já poderia ser considerada um momento de turbulência, já que envolveu a saída de Dorival Júnior, admirado pela torcida e jogadores. O português, inclusive, jamais caiu nas graças da Nação e colecionou jogos em que foi hostilizado, seja no Maracanã ou em outros estádios. Na estreia da Libertadores, por exemplo, o treinador discutiu com um torcedor em Quito.
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SEGUNDO PECADO: COLETIVAS POLÊMICAS
As coletivas de Vítor Pereira também incomodavam desde o início. Embora muito didático com os pensamentos sobre o jogo, o português começou a perder a confiança da diretoria ao afirmar que via evolução no trabalho, mesmo com as más atuações da equipe. O estopim foi, sem dúvida, na partida diante do Aucas, em que ele poupou os titulares e foi derrotado na estreia da Libertadores.
TERCEIRO PECADO: RESERVAS NA LIBERTADORES
A decisão de preservar os titulares é o terceiro pecado de Vítor Pereira. Depois de ganhar fôlego pelos bons resultados do Campeonato Carioca, o treinador entrou em campo com reservas e perdeu para o Aucas em Quito, sendo dominado em boa parte do segundo tempo. Poupar o time principal não pegou bem com a diretoria, que iniciou a pressão, culminada na iminente demissão.
QUARTO PECADO: SUCESSIVOS FRACASSOS
Mesmo com as questões citadas, os maiores pecados de Vítor Pereira no Flamengo estão relacionados ao estilo de jogo e fracassos dentro de campo. A começar pelos quatros títulos perdidos em 2023: Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana, Mundial de Clubes e, mais recentemente, o Campeonato Carioca.
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QUINTO PECADO: CONVICÇÕES VIRAM TEIMOSIA
No entanto, não foi só a perda dos títulos que minou o trabalho de VP, mas também suas convicções, que muitos, no ambiente do clube, viam como teimosia. Vítor se agarrou no esquema de três zagueiros, com intuito de proteger um sistema defensivo frágil, mas falhou no objetivo de manter a ofensividade de um Flamengo que tem peças muito fortes do meio para frente.
SEXTO PECADO: IMPROVISAÇÕES
A improvisação de alguns jogadores, para manter o esquema, também incomodou e mexeu com o ambiente do Flamengo. Embora os atletas tentassem buscar o melhor para clube e técnico, as ideias foram perdendo força conforme o tempo. Marinho chegou a atuar como lateral, enquanto Gabigol foi deslocado para a ponta direita. Nenhum dos dois rendeu o esperado.
SÉTIMO PECADO: FALTA DE TRANSPARÊNCIA
No fim do trabalho, já ameaçado, faltou transparência para Vítor Pereira. O português não treinava com o time titular por medo de vazamento da escalação, e a atitude deixava os atletas perdidos. A relação com o elenco foi minada, e a atuação na final do Carioca só comprovou o quão fora de sintonia plantel e comissão técnica estavam.
Com a demissão, o Flamengo já começa a observar o mercado em busca de nomes para substituir o português. O conterrâneo Jorge Jesus saiu na frente. Jorge Sampaoli e Tite, este último menos provável, correm por fora. O certo é que Mário Jorge, treinador da equipe sub-20, deve comandar o Rubro-Negro nesta quinta-feira, diante do Maringá, na estreia da Copa do Brasil.