O início do jogo entre Flamengo e Internacional foi encardido para os mandantes, no Maracanã e em duelo válido pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Precavido, Odair Hellmann optou por escalar Patric na linha de frente e dar suporte ao volante Nonato nas coberturas do lado direito, auxiliando o lateral-esquerdo Uendel. Em tese, Rafinha, e quem caísse pelo setor do lado rubro-negro, sofreria para criar. Até a primeira expulsão.
Bruno levou o cartão vermelho, e Gabigol, de pênalti, abriu caminho para a vitória por 3 a 1. Depois, Patric teve que fechar mais os espaços do meio e, com isso, sobrou corredor para Rafinha desfilar o seu talento no ataque. O lateral-direito foi essencial para o triunfo, já que participou dos dois últimos gols e aliviou o torcedor, que tinha visto um empate do Inter com dois jogadores a menos.
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Aliás, a segunda expulsão, de Paolo Guerrero, culminou em uma das cenas mais curiosas da partida: Jorge Jesus entrando no gramado para um "papo reto" com o lateral-direito, que respondeu também em tom ríspido. O camisa 13 brincou sobre a cena e chegou a citar até Guardiola sobre comportamentos.
- É normal, a gente já tem um tempinho de estrada, já são quase 17 anos de profissional, a gente sabe e escuta muita coisa. O Mister tem o pensamento dele, nós temos os nossos e eu tenho os meus. Então, às vezes, uma informaçãozinha ou outra não bate, uma palavra indelicada (risos), mas faz parte, isso é bom, e temos o total respeito por ele, é o nosso treinador. Estamos buscando o melhor para o Flamengo, tudo isso fica no campo. Com o Pep (Guardiola), que também ficava do meu lado, era parecido. A gente tenta assimilar e pegar tudo que é de bom para levar para dentro do campo.
Com a bola no pé, além de lançamento para assistência, Rafinha deu a sua quarta assistência em dez jogos pelo Brasileiro, se tornando o quarto do clube neste quesito - o líder é Arrascaeta, com oito. Contra o Inter, foi quem mais teve a bola (11% da posse, de acordo com o Footstats) e voltou, ao lado de Filipe Luís, a evidenciar a importância de um atleta de seu peso em "jogos grandes".
- A gente (falando de Filipe) joga junto desde 2004, em Seleção de base. Sem querer tomar a frente de ninguém, mas a gente procura passar o que viveu em muito tempo fora do Brasil, pois já sabemos o que vai acontecer em jogos grandes. Procuro passar para os outros como se comportar nas situações, favoráveis e adversas. Porém, não adiantar ficar só falando, temos que correr muito para se manter no topo - analisou Rafinha, na zona mista do Maracanã.
Agora, o Flamengo de Rafinha busca a nona vitória consecutiva na competição diante do São Paulo, às 19h deste sábado, pela 22ª rodada do Brasileirão e novamente no Maracanã.