A Polícia Civil do Rio de Janeiro indiciou por homicídio com dolo eventual - quando se assume o risco de matar - oito pessoas, entre eles o ex-presidente do Flamengo Eduardo Bandeira de Mello, pela morte dos 10 jovens no incêndio que atingiu o CT George Helal, o Ninho do Urubu, em 8 de fevereiro deste ano.
A informação foi inicialmente publicada pelo portal "G1". Além de Bandeira, foram indiciados Danilo da Silva Duarte, Fábio Hilário da Silva e Weslley Gimenes, engenheiros da NHJ, Luiz Felipe Pondé e Marcelo Sá, engenheiros do Flamengo, Edson Colman da Silva, técnico em refrigeração, e Marcus Vinícius Medeiros, monitor do Flamengo.
O LANCE! apurou que, até o início da tarde desta terça-feira, dia 11 de junho, ao menos dois indiciados ainda não haviam sido notificados. Tanto Eduardo Bandeira de Mello quanto o Flamengo não irão se posicionar neste momento.
O incêndio no alojamento nas divisões de base do Ninho aconteceu no dia 8 de fevereiro e vitimou 10 atletas do Flamengo, de 14 a 16 anos. Três jogadores precisaram ser internados - Cauan Emanuel e Francisco Dyogo já receberam alta médica e voltaram a defender o clube, enquanto Jhonata Ventura, que teve de 30% a 40% do corpo queimado, ainda recupera-se, mas deixou o hospital.
O laudo da Polícia Civil sobre a tragédia aponta que as chamas foram causadas por um curto-circuito em um dos aparelhos de ar-condicionado. O material do revestimento dos módulos permitiu que as labaredas se alastrassem. Tanto o Flamengo quanto as empresas responsáveis pela estrutura e manutenção do alojamento posicionaram-se logo após o ocorrido. Relembre clicando aqui.
Por conta do ocorrido, o Ninho do Urubu foi interditado - parcial ou totalmente - por quase três meses para atividades das divisões de base e também do time principal. Em maio, o clube conseguiu o alvará de funcionamento e regularizou o CT. Foram firmados acordos com o Ministério Público e Corpo de Bombeiros.