Braz afirma que Flamengo oferece suporte psicológico ao elenco: ‘Há uma falácia que tenho problema com profissional A ou B’
Vice-presidente de futebol do Flamengo falou sobre a situação do departamento médico e o apoio psicológico dado aos atletas do elenco profissional do Rubro-Negro
Esta quinta-feira foi marcada pela apresentação de Pablo no Ninho do Urubu e, posteriormente, pelas palavras de Marcos Braz em resposta às perguntas de jornalistas presentes no CT do Flamengo, pela primeira vez de forma presencial após a pandemia. Um assunto abordado se deu a respeito do suporte psicológico oferecido pelo clube aos jogadores do elenco profissional.
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Além de comentar sobre buscas no mercado, o vice-presidente de futebol do Fla, assim como Bruno Spindel, diretor executivo da pasta, falou sobre o fato de o clube não contar com um psicólogo do esporte para o elenco profissional desde 2019. E realçou que o assunto é debatido de "maneira covarde".
- Quando precisa contratar roupeiro, jogador, vem a demanda, na hora que vem a demanda, (o profissional) é contratado. Há uma falácia que eu tenho problema com profissional A ou B, pelo amor de Deus, até por inteligência, eu não poderia ter restrição a isso. Existe um departamento aqui, tem psicológico no sub-20, sub-18, tem tudo ali embaixo (CT). Essa pergunta é muito boa, ela é tão ampla que temos que manter o foco para não se perder - falou, antes de uma pausa e prosseguir:
- O jogador A ou B que está com 17, 18, 19, 20 anos e precisa de um psicólogo quando vai para o profissional... Qual é o mais indicado: um que sempre o atendeu ou um novo? O psicólogo é um profissional em que você precisa de confiança para expor várias situações. De uma maneira covarde, acham que isso não procede, não tem. Nós temos isso na base. Até o sub-20, vários jogadores, que estão treinando nos profissionais, se quiserem e se sentirem à vontade, têm à disposição (um profissional de psicologia). Mas às vezes o atleta não quer ou acha que não precisa.
SPINDEL CITA A IMPORTÂNCIA DO TÉCNICO
Bruno Spindel assumiu o controle da fala logo em seguida. O diretor sublinhou a importância de um técnico transdisciplinar no futebol moderno:
- A profissão de treinador, hoje em dia, tem uma necessidade, e o Mister tem essa formação e capacidade, por todos os anos que viveu no futebol, se eu não me engano, antes de começar a carreira de treinador, acho que ficou seis anos de formação. Hoje, o treinador precisa de uma formação transdisciplinar, tem que entender fisiologia, de parte tática, nutrição, parte médica, parte mental... Muito passa pelo treinador, que é quem mais tem relação direta com os atletas. O treinador tem a preocupação, junto ao estafe, com a parte mental dos atletas. Eles estão o tempo todo preocupados com a questão psicológica do jogo, que é fundamental para chegarmos aos resultados, e isso sempre foi cuidado com cuidado ao longo dos anos que o Flamengo conquistou títulos.
MICHAEL É CITADO POR BRAZ
Por fim, Braz lembrou o período em que Michael externou ter passado por uma depressão enquanto estava em sua primeira temporada pelo Fla. E destacou que o Rubro-Negro contratou um profissional capacitado para cuidar do atacante, hoje no Al Hilal, da Arábia Saudita.
- Quando se tem a necessidade, o Flamengo sempre está junto, a gente sempre ajuda. Vou falar um jogador que se expôs em entrevista, porque eu não posso falar de quem não faz isso. Vou falar do Michael. Quando o Michael precisou de um psiquiatra, um acompanhamento, de uma maneira rápida o Flamengo se posicionou, ajudou, contratou e fez de tudo pelo jogador. Existem jogadores que também precisam, e o Flamengo ajudou, mas infelizmente não podemos e não devemos expor o jogador que está precisando, está se separando da esposa. Eu vou falar isso? Não posso, temos que ficar calados, apanhar calados, mas proteger o jogador.
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No primeiro trimestre de 2019, o Flamengo afastou o psicólogo Alberto Figueiras do departamento de futebol. Posteriormente, o lado psicológico da equipe chegou a ser trabalhado por Evandro Motta, mental coach da comissão técnica permanente de Jorge Jesus, mas ele saiu junto ao Mister em 2020.